Sejam todos bem-vindos !

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IASD Bairro Camaquã -Porto Alegre

sexta-feira, 29 de junho de 2007

SAUDADE E ADAPTAÇÃO

Autora IGÊ

Certa vez, ouvi alguém falar sobre saudade e sobre adaptação. Realmente, nós temos uma capacidade enorme em nos adaptar às situações que aparecem. Se for para melhorar a nossa vida então, é com uma velocidade espantosa! Mas também acontecem situações que são penosas para nós, que ao contrário, complicam nossas vidas, ou somos subtraídos do conforto que outrora tínhamos... mas mesmo assim, adaptamo-nos a nova situação.
Espantoso não é mesmo?

Vejamos... um maratonista magnífico que vem se destacando no seu esporte com medalhas e mais medalhas, reconhecimento em cima de reconhecimento... De repente, numa dessas curvas da vida ( vamos supor), um acidente lhe rouba as pernas. Ele tem duas saídas: entrega-se a depressão ( o que já é uma atitude de adaptação negativa), ou luta em se adaptar a nova condição e dá prosseguimento a sua vida. Ou seja, para o bem ou para o mal a gente se adapta. E assim em qualquer situação que imaginarmos, teremos sempre duas saidas: ou nos entregamos às possíveis tragédias ou vencemo-as!
Nesta mesma oportunidade, a pessoa também falara que, como ninguém, somos capazes de sentir “saudade”! Ah! Essa saudade que as vezes dói no peito da gente! Sabe aquela mãe que por um motivo ou outro, não vê o filho há anos e que adaptada a essa situação, contenta-se em apertar a foto dele em seu peito e derramar uma lágrima que esbarra no sorriso suave ao lembrar-se dele! É aquela saudade que dói, não é mesmo? Não gostamos de sentir, mas quando não temos saída, nos entregamos a ela com carinho e de repente, diminuimos a sua intensidade, encurtando as distâncias , através de um telefonema, um e-mail, uma carta...

Pois o que ele queria mostrar quando fez essas colocações, é que em nossa vida espiritual essas duas realidades não se enquadram. E aliás, uma delas é até muito prejudicial à nós mesmos.

Pense um pouco: Na vida da gente, a distância faz com que sintamos saudades de quem amamos. Mas na vida espiritual, a coisa não funciona assim. Quanto mais afastados de Deus, menos saudades se sente dEle! Percebeu que tristeza? E o pior, quanto mais adaptados a mesmice de apenas ouvir e fazer só o que parece ser essencial, estamos provocando um distanciamento ainda maior. E vira uma bola de neve... pois com o distanciamento, estamos mais e mais longe de Deus!

Tenho dito nesta coluna muitas vezes: não podemos amar a quem não conhecemos! É preciso conhecer Deus. É preciso conhecer Cristo. É preciso ter a experiência da história vivenciada em nossas vidas e isso só ocorre se você procurar o local onde buscar estas informações confiáveis: A Bíblia.

Muitas pessoas, adaptadas a ouvir, esquecem-se de buscar. Aceitam e se conformam com o que ouvem sem nem ao menos questionar se o que fazem é certo ou errado. E que isso sirva para tudo, não só para a vida espiritual.

Este é o risco da adaptação espiritual. Na melhor da boa vontade, você pode estar deixando de fazer muita coisa que deveria, caso você soubesse.

O engraçado já começa por aí. Muita gente que se diz cristã, não consegue sequer ouvir a palavra “Bíblia”, sem ter um pequeno desconforto. Já parou para se questionar por quê? Será que nós também não tivemos ou temos este preconceito? E porque então, não buscamos na fonte as respostas para nossas dúvidas?

Por experiência própria eu recomendo que todos façam um curso Bíblico. Acabe com o preconceito de que Ela é dificil de entender... O Pai não vai negar a ninguém o que Ele mais quer que todos saibam: a Sua verdade!

Sabe aquelas estórias infantis que nossos pais contavam para dormirmos quando éramos crianças ? Lembra aquela sensação de querer mais que a gente tinha da expectativa do que viria na próxima noite?... Pois é... A Bíblia é assim... com a diferença que é uma História real. Tudo que passamos em nossas vidas, pessoas como nós também passaram em outros tempos. Temos conselhos dados diretamente do nosso Criador, para vencer essas dificuldades...

Uma vez, quando eu estudava no Colégio Americano, tive uma colega que era Israelita. Achava-a tão diferente pelo fato de que ela lia o livro sagrado deles e seguia rigidamente os princípios da tradição do seu povo. Éramos estudantes da 4a. Série do Ensino Fundamental e me lembro que mesmo crianças, tinha um dia que ela levava de merenda apenas um “bolachão” de água e farinha: era o dia dedicado ao jejum! Tradição antiguíssima! Mas nem todas as colegas comendo coisas gostosas, a fazia desviar da sua crença e de seu conhecimento. Eu só me lembrava da Páscoa ( por causa dos chocolates!), do Dia de finados e do Natal que aliás era a festa mais bonita.... Só tinha prazeres, nunca soube que também teria alguns sacrifícios...

Pois é... nem me recordo o nome dela! Ela adquirira o conhecimento através de seus pais, que receberam de seus pais e assim sucessivamente. Infelizmente, nas suas histórias, eles desconsideraram a vinda do Messias, porque não era o que eles esperavam ( e na maioria das vezes é o que acontece conosco. Desconsideramos Deus, porque as coisas não acontecem em conformidade com as nossas exigências... e não é assim que a coisa funciona!) E de coração sincero eles ainda O esperam. Mas nós como cristãos não podemos desconsiderar a existência de Cristo. E mais ainda, como cristãos não podemos desconhecer toda a nossa História. Por tanto, se você não tem, adquira uma Bíblia e não se esqueça que Ela não é um livro comum. Mas isso você verá através de Suas páginas.

Portanto amigos(as), não acomodem-se espiritualmente: a ordem é Inquietem-se! Quanto mais buscarmos, mais perto de Deus estaremos! Não nos permitamos não sentir saudades de Cristo!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

A RESPOSTA QUE FALTAVA

Autora IGÊ
Publicada no Jornal Conquista Junho/2007

Sabe aquela necessidade que a gente tem de dividar algo que nos deixou, por um motivo ou outro, muito feliz? Aquela vontade de contar, de pular de alegria e querer que o mundo e todas as pessoas que amamos compartilhem conosco a nossa felicidade?... pois é... Infelizmente, a mais importante felicidade que me arrebatou, me faz muitas das vezes prisioneira das palavras!

Mesmo asim, cada dia que se me apresenta, de alguma forma eu tento levar às pessoas que cruzam comigo, um pouco do que de mais sagrado acolho dentro de mim: a palavra de Deus!


Mas é incrível como esta palavra tão pequena espanta literalmente as pessoas! Não é para menos... A mim também espantava... e como!
Ouvir a palavra "Deus", lembrava religiosidade... Ouvir a palavra Jesus Cristo repetidamente, dava um mau estar, porque a gente já sabia que estava lidando com "crentes"!
Eu já pensei assim.E por esse mesmo motivo, vou pisando em ovos porque não quero espantar as pessoas (como diz meu filho), e sim, plantar-lhes algo que possa lhes fazer a diferença, como aconteceu comigo.
Assim é que hoje uma situação não diferente das outras se apresentou para mim. Estava na sala de espera de um consultório médico. Nestes lugares a gente quando menos espera, acaba envolvido pelas conversas que pipocam.
Havia uma adolescente e duas mães, ambas professoras de ensino fundamental. A discussão girava no de sempre: o mundo está completamente maluco! Uma culpava a liberdade que hoje é dada aos adolescentes e que antigamente não era dada.A outra culpava a facilidade da aquisição de bebidas alcoólicas por parte dos adolescentes e que isso seria um dos motivos de tantas loucuras por eles praticadas. A adolescente se defendia dizendo que não bebia. Justificava a sua verdadeira "adoração" por bandas famosas. Também contava que quando fica na frente do pc, o mundo podia desabar que ela não estava nem aí! Achei uma brecha e entrei na conversa. Comecei como aquela mãezona amiga que tentava procurar entender a sua "tara" pelo computador. Mostrei-lhe que também tivera a sua idade, e como ela também tivera amigas, festas, namorados, passeios, estudos.... e na conversa tentei mostrar-lhe que entre um "piercing" e outro que ela tinha, existia mais coisas que talvez ela estivesse perdendo de conhecer pelo tamanho do tempo dedicado à uma máquina. Tive o apoio imediato da mãe da menina, que também não concordava com o comportamento da filha de 16 anos.
Falamos sobre amizade. Mostrei-lhe que muitas vezes, o tempo dedicado ao pc, faz com que negligenciemos o tempo com as pessoas. Aquele em que a gente olha no olho, pega na mão, dá um abraço, chora de rir, ou enxuga a lágrima de alguém... e voltando-me para a senhora que falara sobre o uso do álcool, arrisquei concluir que o álcool rolar nas festas seja justamente por causa disso; dessa distância que os jovens tem da sua própria raça, o que torna difícil o relacionamento e provoca uma sensação de isolamento, uma solidão grupal!
Talvez por isso, a necessidade das motivações evidenciadas no organismo pela reação nada benéfica do álcool. Infelizmente, nem todos são refratários a ele . Muitos se agarram e passam a depender dele. Quando entram nessa, não dá prá saber se vai ficar apenas na "brincadeira"!
Estamos todos a vontade, rindo. Tentei ir mais adiante. Ousei um pouquinho mais. Arrisquei com uma palavra resumir o problema do mundo: "Estamos vivendo um problema moral"-disse.As duas concordaram e motivaram-me a seguir. Após debates dos pontos de vista, falei que também havíamos todos nos distanciado muito da "espiritualidade".
Na realidade, a vontade que tinha era de dizer que havíamos nos distanciado de Deus! Mas ainda não era o momento. Falei que havia lido um livro muito interessante sobre os 10 Mandamentos e que achara fantástico como tudo se encaixava perfeitamente. Que se vivêssemos esses mandamentos, teríamos uma sociedade perfeita.
Observei as duas. Elas fitaram-me com sutileza, tentando descobrir em mim algo que delatasse a minha condição. Estava descoberta! Era agora ou nunca, antes que a porta se abrisse e chamassem o meu nome.
Falei em Deus. Na necessidade e na desconfiança que muitos tem sobre sua veracidade. Foi então que perdi minha cartada. No afã de não "espantar" calei-me quando não deveria tê-lo feito. Mas também não sabia o que falar frente a conclusão agora austera da mãe da adolescente que dissera que concordava com a falta da espiritualidade, mas que isso cada um deveria procurar de acordo com a sua necessidade, afinal, cada um tem o seu deus!
O pior é que fiquei tão sem ação que apenas balancei a cabeça consentindo. Fiquei com isso na minha cabeça. Batendo, batendo... Como falar que existe apenas um Deus? Como dizer que Ele é único? Como fazer isso sem ... espantar?
De repente, me veio uma resposta que agora repasso, a quem como eu, também tem o desejo de contribuir para o mais breve possível no retorno de nosso Senhor. A resposta que faltava é esta:
-"Bem, dentro da minha limitada capacidade de compreensão, só reconheço um Deus existente. Aquele que criou os céus e a terra e que inspirou os profetas a imprimirem suas vontades para que chegasse até nós: a Bíblia. Deste Deus, tenho conhecimento, tenho história, tenho testemunhos e nele deposito minha fé, pois nunca quebrou com suas promessas."
E se alguém tentar equivocar-me dizendo que o que vale é a fé que temos nas coisas, agora tenho tranquilidade em responder:
-"Como é que se pode ter fé sem ter razão? Nosso Deus, o Senhor de Israel, se faz conhecido por seus feitos e nos pede para que nos acheguemos a Ele para a partir do conhecimento, estabeleçamos uma relação de amizade . Só assim poderemos respeitar e amá-Lo. E só assim acreditar nEle. Que fé é essa que crê em apenas palavras ao vento proferidas por outros ?
Me senti muito feliz e firme em minha convicção. E com certeza, poderão olhar-me com muita desconfiança, mas com certeza, uma dúvida conseguirei plantar em suas mentes, e se for para honra e Glória de Deus, terei muita alegria em ter sido usada em sua obra. Fiquem todos com Deus e na esperança da volta de Jesus o mais breve que se fizer.Amém!
PS. Por favor! Vamos usar mais a cabeça e levar por terra esse preconceito da palavra "crente"! Se você ACREDITA em Jesus, você se torna automaticamente um CRENTE em Deus Pai, Filho e Espírito Santo.... então vamos parar com a baboseira do estigma e sim, levar com orgulho nossa crença em nome e para a glória de Deus!