Todos os seres humanos precisam de algum tipo de açúcar para viver. Mas é preciso saber que todo o açúcar de que precisam pode ser conseguido diretamente de uma alimentação equilibrada, baseada em cereais integrais, frutas, sucos, legumes e verduras. No processo metabólico do corpo humano, estes tipos de alimentos, que contêm carboidratos em maior ou menor quantidade, após a digestão se transformam em um tipo de açúcar chamado glicose, que é a principal fonte de energia necessária ao perfeito funcionamento do corpo humano. Podemos chamá-la de "açúcar estrutural", pois essa energia gerada pela glicose é utilizada para o crescimento, a regeneração celular, a atividade física, o pensamento e a manutenção do corpo em geral.
Ingerindo Em Excesso
Quando ingerimos açúcar em excesso - seja através dos cereais ou frutas, ou diretamente através do açúcar refinado, balas e doces - o pâncreas, glândula responsável pela produção da insulina, fica sobrecarregado, já que a insulina é um hormônio que transforma o açúcar (sacarose) em glicose. A glicose em excesso, essa energia não consumida, vira gordura e se acumula no organismo, causando doenças cardio-vasculares, obesidade, diabetes e hipertensão arterial, dentre outras.
O PRINCIPAL VILÃO dessa história é o açúcar refinado, aquele branquinho - "gostoso e com cara de inocente", como disse uma vez a escritora e pesquisadora de alimentação natural Sônia Hirsch - , obtido por meio de processos físico-químicos de transformação da garapa da cana ou extratos da beterraba, por exemplo, onde se usa e abusa de aditivos químicos para clarear e tirar a umidade do produto. A indústria ainda chama esse processo de "beneficiamento"!
O açúcar refinado pode ser consumido em estado "puro" nos cafezinhos ou no café da manhã, nos refrescos, nos sucos ( que já têm o açúcar natural das frutas !), mas também na forma "invisível", oculto nas guloseimas, refrigerantes, bolos, etc.
O Açúcar Rouba Energia
Para o corpo humano, essa é uma espécie de açúcar "gratuito", por ter sido ingerido pronto, mas na verdade a única "gratuidade" é o sabor, pois para processá-lo o organismo gasta muito mais energia e mesmo assim não o consegue completamente. Por isso mesmo gera acúmulo excessivo dessa energia não consumida em forma de gordura ou da própria glicose na corrente sangüínea. Daí para as doenças cardio-vasculares e diabetes é um pulo.
O açúcar refinado é considerado um antinutriente porque, além de não dar nutrientes nem energia vital para o organismo ainda rouba e/ou destrói vitaminas e minerais importantes, como o cálcio e o magnésio e as vitaminas do complexo B.
Uma Droga Dissimulada
Este tema obviamente não é inédito: foi tratado com bastante propriedade e extensão em livros como "Sem açúcar, com afeto" da Sônia Hirsch, "Relatório Orion" do Dr. Márcio Bontempo e "Sugar Blues", do escritor e pesquisador americano William Dufty, publicado na década de 70, onde o autor se refere ao açúcar (sacarose) refinado como "...a mais dissimulada droga, que dissolve os dentes e os ossos de toda uma civilização..." e ainda como "...substância antinutriente formadora de hábito...".
Hábito esse que geralmente se inicia nas mamadeiras dos bebês, tão logo parem de se alimentar com o leite materno, se transforma em vício - o primeiro vício que uma pessoa adquire sem saber - e termina, às vezes, em falta de disposição geral, depressão e várias doenças crônicas - incluindo o diabetes - muitas vezes com conseqüências funestas.
ESTIMA-SE QUE O CONSUMO médio mundial de açúcar seja de aproximadamente 200g por dia, incluindo cafezinhos, doces, sucos, refrigerantes e até cigarros.
Isso significa 6 Kg por mês ou 72 Kg por ano; nesse ritmo um ser humano adulto por volta dos 40 anos terá consumido perto de 3 toneladas de açúcar!
O Corpo NÃO É Preparado Para O Açúcar
- O corpo humano não é preparado para ingerir essa quantidade de açúcar, principalmente porque a sacarose não faz parte da cadeia alimentar - diz o Dr. Ihsan Yossef Simaan - e o principal malefício, no último século, é a modificação morfológica do corpo humano, com os indivíduos tornando-se obesos.
O mesmo Dr. Ihsan atesta que o açúcar vicia mais que a cocaína:
- A cocaína leva à morte, por uso direto (overdose) a cerca de 6% a 8% dos usuários. No caso do açúcar, esse percentual é de 42%, por meio da hipertensão, cardiopatias, diabetes e a famosa obesidade.
Dependência Química
A dependência química do açúcar é muito forte porque está ligada aos neurotransmissores cerebrais conhecidos como serotonina, que são responsáveis pelo estado de felicidade.
Aliás essa explicação é uma das bases para se entender o porquê do uso de qualquer coisa que nos leva ao vício: o prazer alcançado, ainda que por pouco tempo. Como a sensação é boa, queremos repetir, e aí não paramos mais.
Então aí vão as conseqüências:
Sensação de saciedade. O açúcar se transforma em energia muito rápido e o corpo "pensa" que já está alimentado, não sentindo necessidade de ingerir alimentos realmente nutritivos.
Como o açúcar se transforma rapidamente em energia em nosso corpo, o que não aproveitamos também rapidamente vira gordura e fica depositado em diversas partes do corpo.
Perda lenta e constante de cálcio e magnésio, abrindo as portas para cáries, infecções e doenças como osteoporose e câncer, retenção de sais de cálcio, causando endurecimento das artérias (arteriosclerose).
O organismo rouba cálcio dos ossos para neutralizar a acidificação do sangue provocada pela ingestão abusiva de açúcar, causando desequilíbrio imunológico, perturbações no metabolismo, causando obesidade, depressão, hipoglicemia e diabetes;tendência à preguiça e cálculos biliares.
Alternativa
Mas existe alternativa?
Sim, muitas e todas dependem essencialmente de mudança de hábitos, abrir mão de sabores, testar, testar e testar o que melhor funcione com cada um de nós.
E, como todo vício, normalmente os tratamentos de choque não dão bons resultados. Vamos devagar!
Texto de Edison Rabello JR.
"Cá entre nós, o vicio do açúcar é tão grande entre alguns de nós, que sejamos francos: quem não ficou com água na boca só de ver as ilustrações?"
Ingerindo Em Excesso
Quando ingerimos açúcar em excesso - seja através dos cereais ou frutas, ou diretamente através do açúcar refinado, balas e doces - o pâncreas, glândula responsável pela produção da insulina, fica sobrecarregado, já que a insulina é um hormônio que transforma o açúcar (sacarose) em glicose. A glicose em excesso, essa energia não consumida, vira gordura e se acumula no organismo, causando doenças cardio-vasculares, obesidade, diabetes e hipertensão arterial, dentre outras.
Historicamente o consumo de açúcar se acentuou a partir da sua produção industrial, e passou a fazer parte dos mais diversos tipos de alimentos; desde refrigerantes, sorvetes e biscoitos a balas, doces em conserva, bolos, pães e diversos outros. Existem pesquisas que comprovam que até o século XVI não havia cadáveres com dentes cariados e isto comprova que as necessidades de "açúcar estrutural" das pessoas até aquela época eram satisfeitas com os açúcares naturais dos alimentos.
O sabor doce, que para os primitivos era sinônimo de algo comestível, ou seja, não-venenoso, se transformou num dos maiores venenos que a humanidade (des)conhece.O PRINCIPAL VILÃO dessa história é o açúcar refinado, aquele branquinho - "gostoso e com cara de inocente", como disse uma vez a escritora e pesquisadora de alimentação natural Sônia Hirsch - , obtido por meio de processos físico-químicos de transformação da garapa da cana ou extratos da beterraba, por exemplo, onde se usa e abusa de aditivos químicos para clarear e tirar a umidade do produto. A indústria ainda chama esse processo de "beneficiamento"!
O açúcar refinado pode ser consumido em estado "puro" nos cafezinhos ou no café da manhã, nos refrescos, nos sucos ( que já têm o açúcar natural das frutas !), mas também na forma "invisível", oculto nas guloseimas, refrigerantes, bolos, etc.
O Açúcar Rouba Energia
Para o corpo humano, essa é uma espécie de açúcar "gratuito", por ter sido ingerido pronto, mas na verdade a única "gratuidade" é o sabor, pois para processá-lo o organismo gasta muito mais energia e mesmo assim não o consegue completamente. Por isso mesmo gera acúmulo excessivo dessa energia não consumida em forma de gordura ou da própria glicose na corrente sangüínea. Daí para as doenças cardio-vasculares e diabetes é um pulo.
O açúcar refinado é considerado um antinutriente porque, além de não dar nutrientes nem energia vital para o organismo ainda rouba e/ou destrói vitaminas e minerais importantes, como o cálcio e o magnésio e as vitaminas do complexo B.
Uma Droga Dissimulada
Este tema obviamente não é inédito: foi tratado com bastante propriedade e extensão em livros como "Sem açúcar, com afeto" da Sônia Hirsch, "Relatório Orion" do Dr. Márcio Bontempo e "Sugar Blues", do escritor e pesquisador americano William Dufty, publicado na década de 70, onde o autor se refere ao açúcar (sacarose) refinado como "...a mais dissimulada droga, que dissolve os dentes e os ossos de toda uma civilização..." e ainda como "...substância antinutriente formadora de hábito...".
Hábito esse que geralmente se inicia nas mamadeiras dos bebês, tão logo parem de se alimentar com o leite materno, se transforma em vício - o primeiro vício que uma pessoa adquire sem saber - e termina, às vezes, em falta de disposição geral, depressão e várias doenças crônicas - incluindo o diabetes - muitas vezes com conseqüências funestas.
ESTIMA-SE QUE O CONSUMO médio mundial de açúcar seja de aproximadamente 200g por dia, incluindo cafezinhos, doces, sucos, refrigerantes e até cigarros.
Isso significa 6 Kg por mês ou 72 Kg por ano; nesse ritmo um ser humano adulto por volta dos 40 anos terá consumido perto de 3 toneladas de açúcar!
O Corpo NÃO É Preparado Para O Açúcar
- O corpo humano não é preparado para ingerir essa quantidade de açúcar, principalmente porque a sacarose não faz parte da cadeia alimentar - diz o Dr. Ihsan Yossef Simaan - e o principal malefício, no último século, é a modificação morfológica do corpo humano, com os indivíduos tornando-se obesos.
O mesmo Dr. Ihsan atesta que o açúcar vicia mais que a cocaína:
- A cocaína leva à morte, por uso direto (overdose) a cerca de 6% a 8% dos usuários. No caso do açúcar, esse percentual é de 42%, por meio da hipertensão, cardiopatias, diabetes e a famosa obesidade.
Dependência Química
A dependência química do açúcar é muito forte porque está ligada aos neurotransmissores cerebrais conhecidos como serotonina, que são responsáveis pelo estado de felicidade.
Aliás essa explicação é uma das bases para se entender o porquê do uso de qualquer coisa que nos leva ao vício: o prazer alcançado, ainda que por pouco tempo. Como a sensação é boa, queremos repetir, e aí não paramos mais.
Então aí vão as conseqüências:
Sensação de saciedade. O açúcar se transforma em energia muito rápido e o corpo "pensa" que já está alimentado, não sentindo necessidade de ingerir alimentos realmente nutritivos.
Como o açúcar se transforma rapidamente em energia em nosso corpo, o que não aproveitamos também rapidamente vira gordura e fica depositado em diversas partes do corpo.
Perda lenta e constante de cálcio e magnésio, abrindo as portas para cáries, infecções e doenças como osteoporose e câncer, retenção de sais de cálcio, causando endurecimento das artérias (arteriosclerose).
O organismo rouba cálcio dos ossos para neutralizar a acidificação do sangue provocada pela ingestão abusiva de açúcar, causando desequilíbrio imunológico, perturbações no metabolismo, causando obesidade, depressão, hipoglicemia e diabetes;tendência à preguiça e cálculos biliares.
Alternativa
Mas existe alternativa?
Sim, muitas e todas dependem essencialmente de mudança de hábitos, abrir mão de sabores, testar, testar e testar o que melhor funcione com cada um de nós.
E, como todo vício, normalmente os tratamentos de choque não dão bons resultados. Vamos devagar!
Texto de Edison Rabello JR.
"Cá entre nós, o vicio do açúcar é tão grande entre alguns de nós, que sejamos francos: quem não ficou com água na boca só de ver as ilustrações?"