Sejam todos bem-vindos !

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IASD Bairro Camaquã -Porto Alegre

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas


Não pude deixar de copiar este texto. Muito bom! Mostra-nos a influência que tudo exerce em nós, mas em si tratando das mulheres, parece que fomos privilegiadas!!!!


por Ivan Martins


Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre “solidão feminina” com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão to
das desesperadas – e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, inde
pendente – e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

“Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes,
sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa”, disse a prima. “Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas”.

Faz alguns anos, eu
estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.

Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de es
tar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior – com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando – senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.

Homens saem
para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.

Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa – desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos. Nem sempre é fácil.

IVAN MARTINS
É editor-executivo de ÉPOCA

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cristianismo X Tradições

Será que dá prá encarar?
Estamos nos aproximando das festividades tradicionalistas. Mas, o cristão com seus principios , deveria fazer parte delas? Leia com atenção este material extraido da WEB e tire suas conclusões. Afinal, a liberdade é uma dádiva divina!

GAUDÉRIO
Adjetivo
(Regionalismo, Brasil, Rio Grande do Sul)
folgado, gaúcho

Substantivo
1. (Regionalismo, Brasil, Rio Grande do Sul) gaúcho

2. indivíduo sem ocupação que acompanha outro; vadio;
3. patuscada; brincadeira;gáudio
4. cão sem dono.


"Um sujeito de bo
ta, bombacha, lenço e chapéu, tomando chimarrão enquanto assa o churrasco. Outro todo de branco, colares em volta do pescoço, batucando numa caixa de fósforos. Qual deles é gaúcho? A resposta pode não ser tão óbvia quanto parece. Quem chega em Porto Alegre pela BR 116 encontra, na entrada norte da cidade, uma estátua de bronze com 6,55 metros de altura e 3,8 toneladas. Trata-se do Monumento ao Laçador, escultura representando um gaúcho típico segurando um laço e olhando para o horizonte. O modelo para a estátua, construída em 1958 e considerada símbolo de Porto Alegre, foi o tradicionalista Paixão Côrtes. Junto com mais sete colegas do Grêmio Estudantil do Colégio Júlio de Castilhos, Côrtes fundou, em 1948, na capital do estado, o 35 CTG (Centro de Tradição Gaúcha), um dos marcos do início do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG - www.mtg.org.br), que sistematizou os elementos de uma cultura sul-rio-grandense. Em mais de meio século de existência, o MTG não só se consolidou, como se expandiu para outras regiões. Hoje existe uma Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha, congregando entidades de estados do Sudeste e do Centro-Oeste. O MTG também já se faz presente em outros países (há uma Confederação Norte-Americana da Tradição Gaúcha) e continentes. Portanto, ser gaúcho não é mais sinônimo de ser sul-rio-grandense. "Os gaúchos inventaram uma rede de CTGs como máquina poderosa para a replicação de seu código 'tradicionalista' e seu peculiar 'modo de vida'. Não há nada parecido, nem tão eficaz, em outros movimentos culturais brasileiros. Não há, por exemplo, um CTC, Centro de Tradições Cariocas, ou Cearenses". Essa foi a conclusão de Hermano Vianna, doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ, ao detectar um grupo tradicionalista na divisa entre Minas Gerais e Bahia. "Em muitas cidades brasileiras, para muitos jovens, ser gaúcho se tornou uma 'opção identitária' tão válida, tão 'reconfortante' e tão divertida quanto ser punk ou ser surfista", afirma. Para Ada Cristina da Silveira, doutora em Jornalismo pela Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha) e autora do livro "O espírito de cavalaria e as suas representações midiáticas", essa identificação de etnias diversas com o gauchismo se dá através dos valores pregados por ele, como a auto-afirmação e a busca da luta, do enfrentamento e da coragem. A origem desses valores estaria na história de combates do Rio Grande do Sul, principalmente na Revolução Farroupilha (1835-1845). Essa mitificação do gaúcho guerreiro é criticada pelo sociólogo Cristóvão Feil, em artigo intitulado "A Disneylândia de bombachas". Segundo ele, durante a Revolução Federalista (1893-95), foram mortas mais de 10 mil pessoas, "entre civis e militares de ocasião, numa Província que contava com 1 milhão de almas, onde a degola de prisioneiros era prática comum em ambos os lados - liberais e republicanos". Feil explica que há uma idealização do passado por parte do tradicionalismo e que "os primeiros esboços desse constructo mental que procura representar o tipo ideal dos indivíduos nascidos na região meridional do Brasil foram dados por jovens líderes políticos republicanos, ainda no final do século XIX, todos seguidores do positivismo de Auguste Comte". Mais do que isso "A identidade que o senso comum registra do gaúcho é uma das tantas tradições inventadas pelo mundo afora", afirma Feil, que argumenta: "a cultura do Rio Grande do Sul é muito mais rica do que o estereótipo do tradicionalismo fetichizado. O tradicionalismo crioulo é excludente e autoritário, sufoca todas as outras manifestações de um Estado múltiplo, colorido de etnias, artes, linguagens e imaginários". As causas dessa homogeneização da cultura sul-rio-grandense estariam na origem do movimento tradicionalista (expressão paradoxal, para Feil, já que "tradicionalismo" evoca algo fixo no tempo, portanto não há movimento). Paixão Côrtes e os demais fundadores do 35 CTG eram representantes da classe média urbana e filhos de fazendeiros latifundiários (herdeiros, portanto, dessa visão de mundo) "reivindicando uma mitologia do mundo rural". Em função disso, italianos, alemães, judeus, poloneses, índios e negros, dentre outras etnias que compõem a população sul-rio-grandense, ficaram de fora da construção dessa representação. "O tradicionalismo propugna um determinado conjunto de valores que nem todas as facções da sociedade concordam", aponta Ada. Mas por que esse sucesso na construção da imagem do gaúcho típico? A resposta estaria no funcionamento da indústria cultural. "O estereótipo é um elemento extremamente conveniente, porque é de fácil assimilação", explica. "Quem determina o que há de gaúcho numa roupa, numa dança? Quem diz o que é gaúcho e o que não é? A Carta [de Princípios] do MTG? Os manuais de Paixão Côrtes?" Essas questões, levantadas por Hermano Vianna, são o resumo da discussão sobre a autenticidade do tradicionalismo. E mostram que saber quem é ou não gaúcho não é assim tão fácil."

Leiamos a seguir, a carta de Princípios do Movimento Tradicionalista Gaúcho

CARTA DE PRINCÍPIOS
"A "Carta de Princípios" atualmente em vigor foi aprovada no VIII Congresso Tradicionalista, levado a efeito no período de 20 a 23 de julho de 1961, no CTG "O Fogão Gaúcho" em Taquara, e fixa os seguintes objetivos do Movimento Tradicionalista Gaúcho:

I - Auxiliar o Estado na solução dos seus problemas fundamentais e na conquista do bem coletivo.

II - Cultuar e difundir nossa História, nossa formação social, nosso folclore, enfim, nossa Tradição, como substância basilar da nacionalidade.

III - Promover, no meio do nosso povo, uma retomada de consciência
dos valores morais do gaúcho.

IV - Facilitar e cooperar com a evolução e o progresso, buscando a harmonia social, criando a consciência do valor coletivo, combatendo o enfraquecimento da cultura comum e a desagregação que daí resulta.

V - Criar barreiras aos fatores e idéias que nos vem pelos veículos normais de propaganda e que sejam diametralmente opostos ou antagônicos aos costumes e pendores naturais do nosso povo.

VI - Preservar o nosso patrimônio sociológico representado, principalmente, pelo linguajar, vestimenta, arte culinária, forma de lides e artes populares.


VII - Fazer de cada CTG um núcleo transmissor da herança social e através da p
rática e divulgação dos hábitos locais, noção de valores, princípios morais, reações emocionais, etc.; criar em nossos grupos sociais uma unidade psicológica, com modos de agir e pensar coletivamente, valorizando e ajustando o homem ao meio, para a reação em conjunto frente aos problemas comuns.

VIII - Estimular e incentivar o processo aculturativo do elemento imigrante e seus descendentes.


IX - Lutar pelos direitos humanos de Liberdade, Igualdade e Humanidade.


X - Respeitar e fazer respeitar seus postulados iniciais, que têm como característica essencial a absoluta independência de sectarismos político, religioso e racial.
XI - Acatar e respeitar as leis e poderes públicos legalmente constituídos, enquanto se mantiverem dentro dos princípios do regime democrático vigente.

XII - Evitar
todas as formas de vaidade e personalismo que buscam no Movimento Tradicionalista veículo para projeção em proveito próprio.

XIII - Evitar toda e qualquer manifestação individual ou coletiva, movida por interesses subterrâneos de natureza política, religiosa ou financeira.

XIV - Evitar atitudes pessoais ou coletivas que deslustrem e venham em detrimento dos princípios da formação moral do gaúcho.


XV - Evitar que núcleos tradicionalistas adotem nomes de pessoas vivas.


XVI - Repudiar todas as manifestações e formas negativas de exploração direta ou indireta do
Movimento Tradicionalista.

XVII - Prestigiar e estimular quaisquer iniciativas que, sincera e honestamente, queiram perseguir objetivos correlatos com os do tradicionalismo.


XVIII - Incentivar, em todas as formas de divulgação e propaganda, o uso sadio dos autênticos motivos regionais.


XIX - Influir na literatura, artes clássicas e populares e outras formas de expressão espiritual de nossa gente, no sentido de que se voltem para os temas nativistas.
XX - Zelar pela pureza e fidelidade dos nossos costumes autênticos, combatendo todas as manifestações individuais ou coletivas, que artificializem ou descaracterizem as nossas coisas tradicionais. XXI - Estimular e amparar as células que fazem parte de seu organismo social.

XXII - Procurar penetrar e atuar nas instituições públicas e privadas, principalmente nos colégios e no seio do povo, buscando conquistar para o Movimento Tradicionalista Gaúcho a boa vontade e a participação dos representantes de todas as classes e profissões dignas.


XXIII - Comemorar e respeitar as datas, efemérides e vultos nacionais e, particularmente o dia 20 de setembro, como data máxima do Rio Grande do Sul.


XXIV - Lutar para que seja instituído, oficialmente, o Dia do Gaúcho, em paridade de condições com o Dia do Colono e outros "Dias" respeitados publicamente.


XXV - Pugnar pela independência psicológica e ideológica do nosso povo.

XXVI - Revalidar e reafirmar os valores fundamentais da nossa formação, apontando às novas gerações rumos definidos de cultura, civismo e nacionalidade.


XXVII - Procurar o despertamento da consciência para o espírito cívico de unidade e amor à Pátria.

XXVIII - Pugnar pela fraternidade e maior aproximação dos povos americanos.

XXIX - Buscar, finalmente, a conquista de um estágio de força social que lhe dê ressonância
nos Poderes Públicos e nas Classes Rio-grandenses para atuar real, poderosa e eficientemente, no levantamento dos padrões de moral e de vida do nosso Estado, rumando, fortalecido, para o campo e homem rural, suas raízes primordiais, cumprindo, assim, sua alta distinação histórica em nossa Pátria."

O termo Gaúcho:

Origem

"Um estudo genético realizad
o pela FAPESP revelou que os gaúchos, assim como a maioria dos brasileiros, são descendentes de uma mistura de europeus, índios e africanos, mas com algumas peculiaridades. O estudo apontou que os ancestrais europeus dos gaúchos eram principalmente espanhóis, e não portugueses. Isto porque a região foi por muito tempo disputada entre Portugal e Espanha, e só foi transferida da Espanha para o Brasil em 1750. O estudo também revelou um alto grau de ancestralidade indígena nos gaúchos pelo lado materno (52% de linhagens ameríndians), maior do que dos brasileiros em geral. O estudo também detectou 11% de linhagens africanas pelo lado materno. Desta forma, os gaúchos são fruto sobretudo da miscigenação entre homens ibéricos, principalmente espanhóis, com mulheres indígenas e, em menor medida, com africanas".

Etimologia


"O termo originou-se no Uruguai em 1780 em um documento de Montevideu "que el expresado Díaz no consentirá en dicha estancia que se abriguen ningunos contrabandistas, bagamundos u ociosos que aqui se conocen por Gauchos." (8 de agosto de 1780). Guanches ou Guanchos gentílico dos habitantes das Ilhas Canarias na fundacao de Montevideu. Gaúcho foi o Guancho fugido de Montevideu. Quando o Rei da Espanha mandou casais de agricultores das ilhas Canárias povoarem a recém-fundada Montevidéu, eles transplantaram a palavra pela qual identificavam os habitantes autóctones das ilhas: guanches, ou
guanchos. Foi esta a origem da palavra gaúcho, com pequena distorção de pronúncia: guanches ou guanchos. Existem várias teorias conflitantes sobre a origem do termo "gaúcho". O vocábulo pode ter derivado do quíchua (idioma ameríndio andino) ou de árabe "chaucho" (um tipo de chicote para controlar manadas de animais). Além disso, abundam hipóteses sobre o assunto. O primeiro registro de seu uso se deu por volta de 1816, durante a independência da Argentina, com o qual se denominavam os índios nômades de pele escura, os gaúchos ou "charruas" (dai o chá - chimarrão, infusão de erva-mate verde seca e moída, tomada com água quente em cuia de cabaça ou porongo, sorvida por uma bomba de bambu ou metal), cavaleiros que domavam e cavalgavam "em pelo" os animais selvagens desgarrados das estâncias espanholas, que procriavam nos pampas argentinos. Segundo Barbosa Lessa, em seu livro Rodeio dos Ventos, publicado pela Editora Mercado Aberto, 2a edição, o primeiro registro da palavra se deu em 1787, quando o matemático português Dr. José de Saldanha participava da comissão demarcadora de limites Brasil-Uruguai. Em uma nota de rodapé do seu relatório de trabalho, o luso teria anotado a expressão usada pelos da terra para referir-se àqueles índios cavaleiros. Próximo ao Río Cebollatí no Uruguai, foi formada uma espécie de republiquinha fortificada gaúcha de contrabandistas canarios como uma forma de defesa das tropas de Portugal e Espanha. . m Rocha e toda a área da Lagoa Mirim e Bagé (agora no Brasil), onde os gaúchos são nascidos. Os Gaúchos (fugidos) da fronteira Portugal - Espanha nao eram guanchos, eles eram Gaúchos descrição de pessoas de hábitos nômades, ciganos, moradores em barracas ou tendas, brancos pobres, de miscigenação moura, vinda da Espanha - fugidos que viraram índios ou índios aculturados pelas missões que não possuíam terras e vendiam sua força de trabalho a criadores de gado nas regiões de ocorrência de campos naturais do vale da Lagoa Mirim, entre os quais o pampa, planície do vale do Rio da Prata e com pequena ocorrência no oeste do estado do Rio Grande do Sul, limitada, a oeste, pela cordilheira dos Andes. O gentílico "gaúcho" foi aplicado aos habitantes da Província do Rio Grande do Sul na época do Império Brasileiro por motivos políticos, para identificá-los como beligerantes até o final da Guerra Farroupilha, sendo adotado posteriormente pelos próprios habitantes por ocasião da pacificação de Caxias, quando incorporou muitos soldados gaúchos ao Exército ao final do Confronto, sendo Osório um gaúcho que participou da Guerra do Paraguai e é patrono da arma de Cavalaria do Exército Brasileiro, quando valores culturais tomaram outro significado patriótico, os cavaleiros mouros se notabilizaram na Guerra ou Confronto com o Paraguai. Também importante para adoção dessa imagem mítica para representação do Estado do Rio Grande do Sul é a influência do nativismo argentino, que no final do século XIX expressa a construção de um mito fundador da cultura da região. Na Argentina, o poema épico Martín Fierro, de José Hernández escrita em Santana do Livramento R.S. a patria gaúcha onde ele aprende a palavra Gaúcha do uruguaio Lussich (livro deo treis Gaúchos Orientales) e dos propios riograndeses, exemplifica a utilização do elemento gaúcho como o símbolo da tradição nacional da Argentina e Uruguaia, em contradição com a opressão simbolizada pela europeização. Martín Fierro, o herói do poema, é um "gaúcho" recrutado a força pelo exército argentino, abandona seu posto e se torna um fugitivo caçado. Os gaúchos apreciam mostrar-se como grandes cavaleiros e o cavalo do gaúcho, especialmente o cavalo crioulo, "era tudo o que ele possuía neste mundo". Durante as guerras do século XIX, que ocorreram na região, atualmente conhecida como Cone Sul, as cavalarias de todos os países eram compostas quase que inteiramente por gaúchos".

Música


"Existem vários ritmos que fazem parte da folclore riograndense, mas a maioria deles são variações de danças de salão centro-européias populares no século XIX. Esses ritmos, derivad
os da valsa, do xote, da polca e da mazurca, foram adaptados como vaneira, vaneirão, chamamé, milonga, rancheira, xote, polonaise e chimarrita, entre outras. O único ritmo riograndense é o bugio, criado pelo gaiteiro Wenceslau da Silva Gomes, o Neneca Gomes, em 1928, na região de São Francisco de Assis. Inspirado no ronco dos bugios, macacos que habitam as matas do Sul da América, o ritmo foi banido por ser considerado obsceno, mas foi mantido em São Francisco de Paula, onde hoje se realiza um festival "nativista" conhecido como "O Ronco do Bugio". A partir de 1970, com a criação da Califórnia da Canção Nativa em Uruguaiana, começaram a surgir os festivais, que serviram de incentivo para músicos e compositores lançarem novos estilos, popularmente chamados de "música nativista". Essa música é formada por ritmos pré-existentes, especialmente a milonga e o chamamé, porém com canções mais elaboradas e com letras quase sempre dedicadas ao Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Sul também existe um ritmo chamado Tchê music, que incorpora ritmos tradicionalistas com influências do Maxixe nordestino. Também é comum neste estado, entre os descendentes de alemães, a Música folclórica alemã, em festivais como a Oktoberfest de Igrejinha".

Vestimenta ou Indumentária

"Trajes típicos de prenda e peão, em desfile na Semana Farroupilha, Porto Alegre. Os gaúchos usam as roupas originárias da Alemanha e da Itália nos dias de hoje, e a bombacha e saia ficaram no passado, sendo que hoje menos de 10 % da população gaúcha ainda usa este tipo de roupa, por ter ocorrido uma grande banalização das roupas gaúchas, as pessoas criaram novas tradições. A bombacha é muito utilizada nas regiões da campanha e dos campos de cima da serra".




Palavras e expressões regionalistas

"O modo de falar do Rio Grande do Sul, a exemplo do de outras parte
s do Brasil, possui expressões próprias diferenciadas da linguagem padrão, algumas próprias de outros países do Prata ou da cultura urbana do Estado, não necessariamente fazendo parte da cultura original dos camponeses originalmente denominados "gaúchos". Porém, vale lembrar a forte influência do sotaque espanhol."

LENÇO GAÙCHO


"Teve posição político- partidária :
cor verde os pica-paus (Partido Republicano) e os federalistas vermelho (Part.Federalista) branco (chimango: Part. Rep.Liberal) 1893 na Revolução. Federalista. o vermelho símbolo Farroupilha. Lenço xadrezinho miúdo:carijó O Lenço gaúcho consiste em um tecido quadrangular de seda cor única com excessão do xadrexinho miúdo chamado de carijó e jamais estampado. Ainda se usa o lenço preto em ocasiões de luto. As mais usadas são as tradicionais o vermelho e o branco Existem diversas formas de se atar o nó do lenço gaúcho e se destacam 8 mais tradicionais entre elas se destacam :
-
O nó (1835) farroupilha e o nò federalista(1893);
-
O nótradicional mais comum é o nó getulista então usado pelo Presidente da República Getúlio Dornelles Vargas e que também foi adotado pelos Chimangos ou seja, o lenço branco (PartidoRepublicano Liberal)
- nó quadrado ou domador usado em lenços nas cores vermelha ou preta, foi adotado pelo político famoso Assis Brasil,que era um Maragato(Partido Federalista)
- o nó farroupilha também conhecido como bago-de-touro era usado nas cores farroupilhas no preto;
- O nó tope farroupilha foi muito usado de 1935 em diante pelo revolucionários farrapos;
- nó tope namorado ou apaixonado ,
usado em qualquer cor de lenço;
- nó dois topes também sem conotação política pode ser usado em qualquer cor de lenço;
- nó pachola ,por representar alegria pode
ser usado em qualquer cor de lenço exceto preta que significa tristeza do luto;
- nó crucifixo ,usado somente em festas
religiosas e pode ser atado em lenço de qualquer cor."

Um pouco mais do vestuário : http://www.dep.uem.br/enpmoda/artigos/H02ENPMODA.pdf

Matéria de pesquisa retirado da WEB.