Sejam todos bem-vindos !

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IASD Bairro Camaquã -Porto Alegre

sexta-feira, 16 de março de 2012

Vislumbres do nosso Deus

Verso: Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Com amor eterno te amei; também com amável benignidade te atraí” (Jr 31:3, RC).

Pensamento principal: “A suspeita subtrai, a fé adiciona, mas o amor multiplica. Ele abençoa duplamente: aquele que o dá e aquele que o recebe” (C.T. Studd). Como devemos entender o lado amoroso de Deus?

Sábado (17/março/2011)

Introdução: A natureza romântica de Deus

Olhando o cenário bíblico e mesmo nossa vida e os testemunhos na igreja somos levados a ver que o amor de Deus é a parte que nós lembramos com maior facilidade quando se trata da pessoa de Deus. Leia essa ilustração e medite nesta verdade.

ILUSTRAÇÃO: Um estudioso, que pensava consistir o cristianismo somente em problemas misteriosos, disse a um velho ministro: “Parece-me muito estranha a seguinte declaração: ‘A Jacó amei, mas aborreci a Esaú’.” O ministro disse: “Sim, é muito estranha, porém, qual é a parte que lhe parece mais estranha?” O cavalheiro respondeu: “Oh! O que concerne ao aborrecimento de Esaú, quando Jacó é que era o pior.” Replicou-lhe o ministro: “Bem, senhor, quão maravilhosamente somos feitos e quanta diferença há entre um e outro”! A parte mais inconcebível desta história é como Deus pôde amar a Jacó com tanta coisa errada que ele fez. Não há mistério tão profundo como o do amor de Deus.

O outro aspecto da natureza divina que nós pouco conhecemos é o Seu lado romântico e isto está evidenciado em todos os detalhes e histórias de amor que a Bíblia nos apresenta, tendo a presença de Deus como pano de fundo. Tome, por exemplo, o caso de Isaque e Rebeca e veja como os dois se conheceram. Tudo foi providenciado por Deus levando o servo de Abraão Eliézer até o encontro dela junto a uma fonte e sendo atendido da forma como ele pedira a Deus para ser. Com este sinal ele identificou a moça que seria a esposa do filho do patrão. O mais bonito é que Rebeca acompanhou Eliézer e quando ela viu Isaque, se apaixonou logo por ele e os dois viveram felizes sob a bênção de Deus (história relatada em Gên. 24).

“O amor é a grande força dominante. Quando o amor dirige nossos sentimentos, todas as faculdades da mente e do espírito se conjugam” (Meditações Matinais, 1962, pág. 71).

“A diferença entre paixão e amor é que o amor é fixo, e a paixão, volúvel. O amor cresce ao ser desfrutado; a paixão se desgasta; e a razão disso é que o primeiro nasce da união de almas; o outro, da união dos corpos” (William Penn).

Estudemos esta semana sobre o amor romântico na Bíblia e suas histórias que podem nos ensinar preciosas lições. Rogamos a Deus uma bênção sobre cada coração.

Domingo (18/março/2012)

O primeiro romance

“Disse então o homem: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada” (Gn 2:23, NVI).

Se vamos estudar sobre o amor vamos olhar para o primeiro casal para termos ideia como Deus promoveu esse sentimento no coração humano da maneira mais perfeita possível.

ILUSTRAÇÃO: Nos escritos judaicos há uma história que foi contada inicialmente pelo rabi Isaac Lip aos seus discípulos e ele fez questão de enfatizar o amor que Eva tinha por Adão, pois uma tarde ele demorou em voltar do trabalho e chegou muito cansado. Sem falar muito, ele se deitou na relva e adormeceu com a cabeça no colo de Eva. Ela ficou ali olhando o esposo e o admirando, até que de súbito teve um pensamento que a deixou visivelmente nervosa ao pensar na demora de Adão em retornar à casa naquela tarde. Com a inquietação de esposa que defende seus sentimentos e querendo se certificar de que era a única no coração do esposo, pôs-se a contar em voz alta: um, dois, três, quatro e assim por diante. O rabi que contava a história parou e perguntou aos discípulos: O que acham que Eva estava contando? Como ninguém soube dar a resposta, o rabi disse a todos: Eva contava as costelas de Adão para ver se não faltava mais nenhuma, pois isso indicaria a presença de outra mulher no mundo. Mas, concluiu o rabi: O amor entre os dois foi o sentimento mais perfeito porque veio direto de Deus.

1. Como a Bíblia descreve a intimidade e o relacionamento entre Adão e Eva? Gn 2:21-25

RESPOSTA: O relato é poético ao dizer que de uma parte simples de Adão, Deus lhe trouxe um presente maravilhoso: Eva sua companheira; os dois eram uma só carne no sentimento e no relacionamento. Eles viviam em uma intimidade de amorosa inocência sem se envergonharem.

A expressão de Adão ao ver Eva foi de êxtase pelas palavras que emitiu, concluindo sua origem (essa é ossos dos meus ossos), dando nome (chamar-se-á mulher) e mostrando seu amor e cuidado protetor (porquanto do varão foi formada). Adão passou a amar Eva como amava a si mesmo. Sua encantadora beleza e perfeição a diferenciava de todas as outras criaturas feitas por Deus. Ela era um ser igual a Adão e seus olhos não conseguiam ver outra coisa a não ser Eva e ela a Ele. Foi um encanto maravilhoso o namoro dos dois. De forma popular se diz hoje que o homem foi o rascunho e a mulher foi a obra prima da criação.

“Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como igual, e ser amada e protegida por ele” (Carta a jovens Namorados, 11).

ILUSTRAÇÃO: Quando penso no que Adão e Eva faziam o dia todo naquele paraíso, sem os problemas que temos hoje... Confesso que são muitos os pensamentos que me passam pela cabeça. Mas a verdade é que aquele casal passava o dia todo se amando e se curtindo! Suas atividades eram como uma desculpa para estarem juntos. É possível que Adão tenha dito: “O que faremos hoje minha amada Eva? E ela dizia: “Que tal irmos dar bananas aos macacos?” E ele respondia: “É isso, vamos dar bananas aos macacos!” E passavam o dia juntos dando bananas aos macacos!! Pois o que importava não era o que faziam, mas sim que estavam juntos, pois se amavam demais! Se eles vivessem em nosso tempo, logo eles deixariam de sentir este prazer, deixariam de partilhar seus desejos e necessidades um com o outro, como muitos casais fazem. Começariam a achar que dar bananas aos macacos era bobagem, era supérfluo. Imagine que Eva diria para seu esposo: “Amor, vamos dar bananas aos macacos?”, Adão diria estressado: “Larga de ser boba, mulher. Não vê que eles sabem pegar bananas sozinhos?” Isto é sério. Quando passamos a achar desinteressante o que podemos fazer para estarmos juntos como um casal, é um sinal de que as coisas não estão indo tão bem. É preciso rever os sentimentos e se apaixonar de novo pela mesma pessoa para que o amor não se esfrie.

Segunda (19/março/2012)

Romances bíblicos

ILUSTRAÇÃO: Há um belo incidente relatado na vida da senhora Schumann, perita musicista e devota amante da nobre arte de seu esposo que era um excelente músico, reconhecido em todo o mundo. Ela fazia, freqüentemente, programas e apresentações musicais depois da morte de seu marido; mas, antes de fazê-lo, lia algumas cartas de amor que recebera durante os dias de noivado. A razão para tal, dizia ela, era que logo após refrescar o coração com o sentimento de amor que ele tinha tido para com ela, sentia-se melhor preparada para interpretar sua música. O amor é o melhor de todos os intérpretes; é ele que nos ajuda a compreender as verdades da Bíblia, esse Livro que se encontra repleto do amor proveniente do próprio coração de Deus.

A Bíblia é um compêndio, uma enciclopédia de assuntos variados, mas unidos por uma linha de pensamento do seu autor principal, o próprio Deus. No meio de todos os detalhes particulares, históricos, profecias, cânticos, e relatos da vida religiosa e política do povo de Deus, podemos observar a inclusão de histórias de amor entre casais bíblicos nos dando algumas lições de relacionamento e vida amorosa saudável mesmo com erros cometidos. Veja esses casais:

Abraão e Sara: Viveram um amor forte e carinhoso, com uma cumplicidade impressionante. Abraão respeitou o fato de Sara não ter tido filhos (na época, um motivo para abandono). Ela soube aceitar a vontade divina quando Abraão disse que iam ser peregrinos.

Isague e Rebeca: Amor maravilhoso, providenciado por Deus, romântico, amor marcado pela obediência a Deus. Isaque e Rebeca se viam como prometidos por Deus um para o outro.

Jacó e Raquel: Amor Impulsivo, amor rebelde, amor à primeira vista, pois quando Jacó viu Raquel, levantou uma tampa de poço sozinho só para dar água para suas ovelhas. Foi o casal que inaugurou o beijo antes do casamento. Gen. 29:11 diz assim: “Então Jacó beijou a Raquel e, levantando a voz, chorou”. Chorou não de arrependimento, mas de alegria, de emoção.

2. Quais foram alguns dos erros que trouxeram tanta dor e sofrimento a esses relacionamentos? Mais importante ainda, o que podemos aprender com seus erros? Gn 16; 25; 28; 29 (leitura dinâmica)

RESPOSTA: Não esperaram o cumprimento da promessa de Deus. Abraão e Sara: cometeram poligamia e tiveram desavença no lar. Isaque e Rebeca: cada um preferiu um filho e houve brigas entre eles, afrontas para o pai e fuga de Jacó. Jacó e Raquel: sofreram com o engano, ciúmes e brigas entre as mulheres por causa de preferências. Enfim muito sofrimento e dor.

Deus deseja nos ensinar uma lição com esses casais. Eles erraram porque tomaram atitudes pessoais sem consultar ao Senhor. Hoje seria muito proveitoso que fizéssemos as coisas com a aprovação de Deus para não errarmos e não sofrermos depois.

Terça (20/março/2012)

O amor de Deus

O ideal de Deus é que o amor possa completar sempre os corações que se unem e Ele mostrou isto pelos romances, pelas histórias de amor que inspirou e revelou em Sua Palavra.

ILUSTRAÇÃO: Um pastor estava contando que oficiou uma belíssima celebração de um casamento ao ar livre, sobre um imenso gramado que se estendia até onde a vista não alcançava, no interior de uma pequena capela ornamentada pela simplicidade em parceria com um refinado bom gosto. Quando a noiva chegou, trazida por um daqueles requintados e antigos automóveis, ele ficou observando a reação da noiva. Tudo parecia um conto de fadas, mas quando a noiva saiu de dentro daquela limusine, não foi o chofer abrindo-lhe a porta para descer que chamou sua atenção, nem o tapete vermelho que a conduziria até o altar, ou sequer os convidados que estavam em pé para recebê-la, e também não foi a marcha nupcial tocada pela orquestra ou as coloridas flores que embelezavam todo o ambiente. Seus olhos logo buscaram o amado e quando o encontrou seu sorriso abriu-se iluminado. Ele era tudo que ela queria ver naquele ambiente, todo o resto, era só acessório em volta desta figura que lhe despertava todos os sonhos e fantasias que só o amor pode produzir.

O amor entre duas pessoas que se amam é um reflexo do amor que Deus deseja que Seus filhos tenham em relação a Ele, porque Ele nos ama de forma muito mais profunda.

3. Que palavra revela o sentimento de Deus para com Seu povo? O que significa essa palavra para Deus? Que problema evitamos quando refletimos nessa atitude divina? Êx 20:5

RESPOSTA: A palavra é “zelo”, pois Deus é zeloso e Se preocupa que Seus filhos sejam fiéis a Ele na adoração; espera adoração exclusiva. Deus tem ciúmes de Seu povo; Ele nos ama muito e sofre quando somos infiéis.

Toda a devoção e dedicação de uma pessoa que ama precisa ter o retorno emocional e sentimental na mesma proporção para mostrar que o amor é verdadeiro. É isso que Deus espera daqueles que Ele ama, protege, abençoa, direciona, exalta e faz prosperar. Quando não devotamos a Deus perfeita fidelidade, Ele tem ciúmes (zelo) por nossa causa.

4. Quais são os sentimentos de Deus para conosco? Como Ele quer Se relacionar com Seu povo? Is 43:4; 62:5; Ez 16:1-15; Jr 31:3; Ap 21:9

RESPOSTA: Deus quer ter amor, satisfação, cuidado, interesse por nós; quer ter alegria, quer nos cobrir de honra e glória, quer ser bondoso e o esposo da Sua igreja.

Às vezes é difícil entender Deus e Seus sentimentos. Pela ótica humana nós não merecemos nada, mas pela ótica divina Ele ama profundamente os seres humanos. Você consegue entender isto? É muito difícil entender, mas é fácil de aceitar.

ILUSTRAÇÃO: Alguém disse de um modo muito interessante e gracioso: “Quem está apaixonado nem celulite vê”. Mas não é assim, não: quem ama vê, e aceita; quem ama sabe que há um defeito nele ou nela, e mesmo assim o aceita porque reconhece que o amor releva tudo.

Quarta (21/março/2012)

Um livro de romance

O amor mostrado na Bíblia tem sido mal interpretado por muitas pessoas que não entendem como e por que Deus permitiu certos relatos dentro da Bíblia. Como por exemplo, a questão de Abraão ter relação com sua empregada Hagar para ter um filho porque sua esposa permitiu. Ou ainda a idéia de poligamia vivida por Jacó, se casando com duas mulheres. Quando chegamos ao rei Salomão a coisa piora porque ele teve 700 esposas e 300 concubinas, sendo um rei de Israel. Deus, porém, nunca aprovou a poligamia e mostrou que todos os polígamos tiveram sérios problemas de relacionamento, conjugais e familiares. A pergunta é: As pessoas eram polígamas porque queriam ter prazer sexual em excesso? Se esse era o motivo, estavam pecando por licenciosa de que é a sexualidade distorcida e feita em excesso.

Deus nos ofereceu através do casamento monogâmico o desfrute da sexualidade plena e original dentro da relação matrimonial. A procriação sugerida por Deus no início do mundo para Adão e Eva seria acompanhada de intenso prazer produzido por terminações nervosas criadas por Deus no corpo dos seres humanos com a finalidade de produzir sensações e satisfação.

A Bíblia tem um livro que romanceia o encontro íntimo de um homem e sua esposa e a satisfação oferecida no plano físico pelo contato. O livro de Cantares ou Cântico dos Cânticos é uma forma romanceada que os estudiosos admitem ter sido escrito por Salomão cortejando a Sulamita a quem ele amava de verdade e falando do prazer que sentia ao estar com ela.

5. Como Deus olha para os prazeres da carne no contexto correto? (Folhear os capítulos do livro Cântico dos Cânticos)

Olhando o livro de Cântico dos Cânticos como avaliamos a forma como Deus olha para o prazer carnal abençoado? Avaliemos capítulo por capítulo...

Cantares 1 e 2 = Mostra uma troca de palavras lindas entre um homem e sua esposa elogiando cada um as virtudes físicas um do outro. Carícias são trocadas nesses capítulos.

Cantares 3 =.A mulher fala da ausência do esposo e sai a procurá-lo ficando feliz ao encontrá-lo e desfrutar de sua presença e seus carinhos.

Cantares 4 = Aqui o esposo detalha o corpo da esposa, elogiando cada parte e comparando com coisas belas da natureza. Chega a ser íntimo em seus detalhes.

Cantares 5 = Nesse capítulo, a esposa fala do esposo mostrando como seu corpo tem ansiedade pelo corpo dele. Compara seu corpo a objetos preciosos como os braços como cilindros de ouro, pernas como colunas de mármore, olhos como pombas e voz como música.

Cantares 6 = É um diálogo entre o esposo que foi trabalhar e volta procurando a esposa. Os dois se elogiam e se prometem em amor e fidelidade; é um diálogo apaixonante.

Cantares 7 = Nesse capítulo o esposo elogia e deseja o corpo da esposa dando a certas partes do corpo uma comparação sensual. A esposa mostra seu desejo de ser amada.

Cantares 8 = É o final do encontro conjugal e nesse capítulo eles repetem suas juras de amor e se comprometem amorosamente a estarem juntos. Dedicam tempo ao diálogo e prometem que o amor deles nunca será apagado. É uma cumplicidade do prazer dos dois.

RESPOSTA: Deus tem alegria ao ver o amor de um casal e quer que esse amor simbolize o amor entre Ele e Seu povo. O amor descrito no livro de Cânticos traz alegria, motivação, prazer e realização pessoal para duas pessoas que se amam.

ILUSTRAÇÃO: Um homem foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava mais a sua mulher e que pensava em separação. O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse apenas uma palavra: “Ame-a”. E logo se calou. O homem disse: “Mas, já não sinto nada por ela”. Novamente o sábio disse: “Ame-a”. E diante do desconcerto do homem, depois de um breve silêncio, o sábio lhe disse: “Amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação e entrega. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O Amor é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuva, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o. Dê-lhe afeto e ternura. Admire-a e compreenda-a. Isso é tudo. Ame, simplesmente ame!”.

Quinta (22/março/2012)

Jesus e o romance

Na questão do amor, Jesus não mede esforços para resolver qualquer dificuldade que haja nesta área. Por Sua natureza dedicada e profundo conhecedor dos sentimentos humanos Ele sabe quando deve interferir e dar a bênção certa àqueles que se amam, mas que podem ter conflitos.

ILUSTRAÇÃO: Narra J.R. Miller a história de um casal que, logo nos primeiros dias, começou a viver em atritos contínuos, de maneira que bem cedo a jovem senhora se sentiu desanimada, concluindo ter sido um erro o seu casamento. Um dia, à mesa do almoço, de novo começaram a discutir, e por tal modo que o marido, erguendo-se irritado e batendo a porta violentamente, voltou ao trabalho sem mesmo se despedir da esposa. Esta, aos prantos e em inconsoláveis soluços, subiu ao quarto para chorar de tristeza. Ao entrar, deu com os olhos num bonito quadro que estava na parede. Embora já muitas vezes tivesse olhado para o quadro, nunca as palavras nele escritas lhe penetraram tão vivamente na alma como agora, pois diziam: “Que faria Jesus no meu lugar?” Então, meditativa e ainda chorando, procurou responder à sugestiva pergunta, concluindo assim a jovem esposa: “Jesus, sem dúvida, não procederia dessa maneira. Seria bondoso, paciente, e não se irritaria com tanta facilidade”. A atitude da esposa para com o marido mudou completamente, daí por diante. Ao voltar este para casa, no fim do dia, ela o aguardava bem disposta e gentil. O amor egoísta cedera lugar a um amor abnegado, pronto para servir. Havia feito a melhor janta e contou ao esposo o ocorrido, e ele também sentiu o benfazejo influxo da pergunta: “Que faria Jesus no meu lugar?” Ajoelharam-se ambos, em fervorosa prece a Jesus, que ouviu, como sempre ouve os sinceros e suplicantes. Ambos os corações se fundiram ao calor de um amor verdadeiro, que encontrou sua finalidade em servir, em vez de ser servido. O singelo quadro, com sua incisiva pergunta, salvara o lar em perigo. Não valeria a pena todos os casais terem em seu lar um quadro com essas palavras?

6. Qual foi a atitude de Jesus para com o casamento e o amor romântico? O que significa o fato de que Ele abençoou aquela cerimônia de casamento judaico, tão agitado e prolongado naquela época? Jo 2:1-11

RESPOSTA: Jesus aprovou aquela união romântica prestigiando-a com Sua presença e resolvendo o problema da falta de vinho que surgiu na ocasião. Ele está sempre pronto a solucionar os problemas mais profundos de um relacionamento.

Quando existe um problema dentro do casamento, as pessoas se fecham e se tornam rabugentas reclamando uma com a outra e perdendo o único meio de solução humana que é o diálogo. O prejuízo tem sido muito grande com separações e divórcios e enormes cicatrizes emocionais nos adultos envolvidos, nas crianças, quando há filhos, e nos familiares.

ILUSTRAÇÃO: Durante os festejos do casamento realizado em Caná da Galiléia, Maria, sabedora do constrangimento pelo qual estava passando a família do noivo, se aproximou do Senhor e lhe disse: “O vinho acabou”. Aqui está um precioso modelo de oração. Em algumas situações podemos procurar o Senhor e segredar-lhe humildemente: “Acabou o ânimo”. “Acabou o pão”, “Acabou a alegria”, “Acabou a paciência”, “Acabou a esperança”, “Acabaram os recursos”, “Acabou o amor” e assim por diante. São orações sem rodeio. É uma exposição da alma. É uma confissão: “Acabou o vinho”. E se Jesus solucionou um problema de etiqueta social, não resolverá Ele problemas mais sérios, envolvendo as necessidades físicas, as necessidades emocionais e as necessidades morais? Tenha a ousadia para confessar: “Acabou o vinho” e aguarde o milagre que virá, um bom milagre para agradecer e louvar a Deus!”

Sexta (23/março/2011)

Conclusão

Ao encerrarmos o estudo dessa semana devemos agradecer a Deus por que nos ajudou a ampliar nossa visão a respeito do amor e principalmente a respeito dEle como o criador e inspirador do amor nos corações, colocando relatos tão belíssimos de pessoas que tiveram e viveram grandiosas histórias de amor. Como vimos, o amor é ação e disposição.

ILUSTRAÇÃO: Um rei submeteu sua corte à uma prova para preencher um cargo importante no seu governo. Um grande número de homens poderosos e sábios reuniu-se ao redor do monarca. “Ó vós, sábios”, disse o rei, “eu tenho um problema e quero ver qual de vós tem condições de resolvê-lo.” Ele conduziu os homens a sala com uma porta enorme, maior do que qualquer outra por eles já vista. O rei esclareceu: “Aqui vedes a maior e mais pesada porta de meu reino. Quem dentre vós pode abri-la? “Alguns dos cortesãos simplesmente balançaram a cabeça. Outros, contados entre os sábios, olharam a porta mais de perto, mas reconheceram não ter capacidade de fazê-lo. Tendo escutado o parecer dos sábios, o restante da corte concordou que o problema era difícil demais para ser resolvido. Somente um único homem aproximou-se da porta. Ele examinou-a com os olhos e os dedos e tentou movê-la de muitas maneiras e, finalmente, puxou-a com força. E a porta abriu-se. Ela tinha estado apenas encostada, não completamente fechada, e as únicas coisas necessárias para abri-la eram a disposição de reconhecer tal fato e a coragem de agir com audácia. O rei disse: “Tu receberás a posição na corte, pois não confias apenas naquilo que vês ou ouves; tu colocas em ação tuas próprias faculdades e arriscas experimentar.”

Para vivermos uma grande história de amor precisamos saber que ela será semelhante a uma grande porta a ser aberta que nos conduzirá a uma experiência sem igual na vida. Deus espera de nós coragem, ação e uma dose de risco, existente em qualquer história de amor.

Uma coisa, porém tem que ficar evidente na lição desta semana: Deus sempre quis nos mostrar o Seu amor refletido nas histórias que deixou registradas em sua Palavra. Através da figura do casamento, Ele quer que saibamos que continua sendo fiel nos abençoando e deseja de nós a fidelidade em amá-Lo e servi-Lo, como dois cônjuges devem ser fiéis um ao outro no matrimônio até a morte se for preciso.

ILUSTRAÇÃO: Por ocasião do naufrágio do Titanic, no norte do Oceano Atlântico, foi feito supremo esforço para recolher as mulheres e as crianças nos botes salva-vidas, pois o navio estava indo a pique. Mas a Sra. Isadora Straus recusou-se a entrar no salva-vidas, e voltando-se para seu dedicado marido, disse: “Aonde fores, irei eu”, e afundou com o navio, agarrada ao esposo.

Oremos e agradeçamos a Deus pelo dom do amor e pela oportunidade de termos alguém para amarmos, quer esteja ao nosso lado ou em algum lugar. Façamos uma auto-análise e avaliemos se estamos sendo fiéis ao nosso Deus como seríamos a alguém que amamos profundamente.

Resumo da Lição: Para muitas pessoas modernas, Deus foi reduzido a apenas um nobre exemplo. Ou Ele foi diluído a um conceito útil para organizar a paz mundial. No entanto, Ele não é visto como uma personalidade por quem podemos sentir amor. Mas a Bíblia insiste em afirmar que Deus ama de modo ardente...

“Porque este Deus é o nosso Deus para sempre; Ele será nosso guia até a morte”

(Salmos 48:14).

domingo, 11 de março de 2012

Verso: Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no Seu templo” (Sl 27:4).


Pensamento principal:

Deus como artista? O que significa isso? E o que isso significa para nós?

“O dever leva-nos a fazer tudo bem feito; o amor leva-nos a fazê-lo com beleza” (Phillips Brooks).


Quando Deus executou Sua obra criadora no planeta Ele utilizou uma parcela da Sua natureza divina que é a perfeição. Logo, tudo que fez foi belo e perfeito. Foi por isso que ao terminar cada dia com Sua obra, Ele exclamava que tudo era bom e no final, que tudo era muito bom.

Podemos ver Deus em Seus vários aspectos e atributos que o tornam santo e único, mas não podemos negar que Deus ama o que é belo e Se deleita na perfeição, por isso se olharmos através da ótica bíblica para mais uma qualidade do Senhor descobriremos que essa qualidade é o amor à arte e à beleza, transformando-o no artista perfeito do universo através das Suas obras que são reveladas no decorrer do tempo e da história.

ILUSTRAÇÃO: O mundo já teve muitos artistas maravilhosos e muitos tesouros artísticos estão ainda escondidos e são, às vezes, revelados por formas bem estranhas. Ocorreu um caso interessante assim em Londres: numa velha igreja construída pelo Sr. Christopher Wren, arquiteto de St Paul's. Pois nessa igreja descobriu-se um belo teto pintado pelo famoso artista Sir James Thomhill, há duzentos anos. Apesar de ser um artista de verdadeira distinção, o seu trabalho, que era em geral de gênero decorativo, tem sido estragado com o decorrer dos anos; torna-se, portanto, maravilhoso encontrar uma obra sua depois de tanto tempo. A beleza da pintura do teto foi revelada com a queda de uma laje que abriu uma entrada aos raios do Sol, deixando à mostra a pintura que havia por baixo da laje. Hoje se colocam algumas lâmpadas de forma tal que, estando acesas, deixam transparecer ao visitante a beleza daquela obra de arte, por tantos anos desconsiderada. A vida também está cheia de semelhantes revelações. Um raio de luz vindo de Deus pode, muitas vezes, descobrir corações transformados por Ele como verdadeiras obras de arte espiritual.

Vamos, pois a esse estudo sem igual, para vermos Deus como artista, como arquiteto, como músico, como autor e como escultor. Que haja uma bênção para cada um de nós.


Domingo (11/março/2012)

Deus como oleiro

Anos atrás, um bizarro vaso suíço, de cerca de 30 centímetros de altura, foi oferecido em leilão. O leiloeiro contou a história do vaso, e chamou muito a atenção ao fato de ele datar de 1763 A.D. Sua beleza lhe proclamava a genuinidade. Foram dados lances após lances, até que foi atingido o preço de 20.000 dólares. E por esse fabuloso valor foi vendido. Todavia, pensem nisto: esse objeto de genuína antigüidade havia sido uma vez apenas um bloco de argila comum. O que lhe dera tanto valor? O labor e a habilidade do artista que o moldou com muito cuidado e paciência. Então, nosso valor deve vir não de nós mesmos, mas da habilidade do artista divino que nos fez.

1. Qual é a primeira vez em que a Bíblia revela Deus mostrando Suas habilidades em trabalhar com o “barro”? Gn 1:26, 27, 31; 2:7

RESPOSTA: Deus mostrou Sua habilidade como oleiro, quando criou o homem do pó da terra e deu-lhe vida e domínio sobre tudo. Deus reconheceu que a criação era muito boa, uma verdadeira obra de arte.

Deus fez uma obra de arte natural a partir do pó da terra e com todos os detalhes que funcionariam a partir do fôlego da vida. Todos os órgãos, todas as artérias, todas as glândulas e a interligação de tudo isto com o cérebro só poderia ser obra do artista divino. Alguns comentaristas dizem que fazer o boneco de barro foi um lazer para Deus, uma obra manual, mas colocar em funcionamento foi cientifico com uma pitada de divindade.

2. Que lições podemos aprender com a imagem de Deus como oleiro? Como aplicar essas lições na nossa vida? Jr 18:3-10; Is 64:5-8; Sl 51:10

RESPOSTA: Deus nos ensina pelo trabalho do oleiro a lição da renovação espiritual. Ele pode nos restaurar, retirando o pecado da vida e nos dando um coração purificado, tal qual o oleiro faria com um vaso deformado.

O barro mole nas mãos do oleiro é totalmente moldável e ele faz o que quiser dele. Isso quer dizer que se entregarmos nossa vida a Deus de maneira submissa, Ele nos moldará e restaurará a beleza espiritual em nós. Se endurecermos o coração ele quebrará e dará mais trabalho para Jesus, o divino restaurador de vidas destruídas.

ILUSTRAÇÃO: A pequena Alice sem querer tinha quebrado um belo vaso antigo de sua bisavó. Tinha o coração moído. Uma tia ajudou-a a resolver o problema. Levaram o vaso a um perito restaurador de porcelanas. Terminado o trabalho, o vaso estava exatamente “como novo”. Alice ficou admirada quando viu restaurado aquele objeto de estimação. Isto é justamente como ser cristão. Jesus conserta nosso coração, e ele fica como novo!

Segunda (12/março/2012)

Deus como arquiteto

A providência divina é maravilhosa, pois tem um alcance maior do que os nossos pensamentos. Podemos ver isto na história do povo de Israel, retirado da escravidão e conduzido pelo deserto com todo cuidado e proteção e com uma organização que só os olhos divinos poderiam enxergar. Enquanto eles estavam acampados, Deus através de Moisés organizou o acampamento criando o projeto do tabernáculo. Para a construção do tabernáculo Deus pediu que o povo trouxesse ofertas de materiais nobres em qualidade, preciosos e os mais belos.

3. Entre todas as variadas instruções que Ele deu ao povo, como a beleza foi incluída? Êx 25:1-9

RESPOSTA: Os materiais ofertados para construção do santuário de Deus deveriam ser os melhores, os mais preciosos e com a maior beleza possível, de modo que Deus fosse glorificado.

As ofertas foram valiosas: Ouro, por exemplo, o povo deu 1.269 quilos, prata: 4.350 quilos, bronze: 3.035 quilos, além de muito linho branco, linho púrpura, azul e escarlata que seriam usados para as laterais e para as cortinas. Havia ainda peles de cabras, de carneiros e de texugos em grande quantidade para serem costuradas e feitas capas para o tabernáculo (uma espécie de lona para cobri-lo, 15 metros de comprimento por 5 metros de largura cada lona). O tabernáculo seria coberto com 4 capas de 15 metros cada. Ficaria muito bonito.

4. Qual foi o modelo utilizado para a construção do santuário terrestre? O que isso nos diz sobre o amor de Deus pela beleza? Êx 25:9; Hb 8:1-5

RESPOSTA: Deus mostrou a Moisés o modelo celestial em detalhes minuciosos e insistiu para que ele seguisse o modelo original.

O santuário era uma forma visível para Deus despertar as pessoas através dos rituais para o objetivo mais importante, ou seja, a justificação. Como o povo estava praticamente esquecido de tudo que representava Deus e a verdadeira adoração, o tabernáculo providenciava essa proximidade e a compreensão do plano da redenção. Jesus deveria ser visto em cada detalhe do tabernáculo e nos ofícios realizados pelos sacerdotes. Por isso Deus fez questão de beleza e perfeição, porque representava a beleza e perfeição de Jesus, aquele que salva vidas destruídas pelo pecado, reconstruindo outra vez a beleza e o vigor perdidos.

ILUSTRAÇÃO: Na linda ilha francesa de Guadalupe estava sendo realizada uma reunião evangélica ao ar livre. Um jovem, bastante alcoolizado, sujo e despenteado deteve-se para ouvir. Henrique tivera boa educação e chegara a ter perspectivas de uma brilhante carreira futura. Mas a bebida forte e más companhias o arrastaram para a sarjeta do pecado e da derrota. Agora, ao ouvir a pregação, o Espírito de Deus penetrou-lhe o cérebro entenebrecido, levando-lhe a convicção de que aquela vida inútil devia ser transformada. Jesus Cristo desceu muito Sua mão, para salvar Henrique de seus pecados. Quando, anos mais tarde, Henrique foi visto, ele estava transformado. Era agora um fino cavalheiro cristão, estava jovial, muito bem penteado e era também um pregador de êxito, um testemunho vivo do poder restaurador do Senhor Jesus.


Terça (13/março/2012)

Deus como músico


Qual o poder da música? É grandioso, e vemos isso hoje pela quantidade de pessoas atraídas pelas músicas seculares em eventos e apresentações. A música sacra, que é usada para louvar a Deus tem então muito mais poder, porque transforma corações e porque nos conduz a Deus que produz a inspiração para o verdadeiro louvor. Leia essa história sobre o poder de um hino.

ILUSTRAÇÃO: Havia em uma vila italiana, uma mulher muito maledicente. Tinha a língua ferina e falava muitos palavrões e todos a evitavam. O Evangelho finalmente foi pregado nessa vila e essa mulher, ouvindo a mensagem, nem ligou. Ela veio algumas noites nas reuniões e mesmo o pregador fazendo o apelo, ela não se decidia. Grande, porém, foi a transformação que nela se operou quando ouviu um coral cantando um hino com o título: “Além do Rio”. As vozes vibravam com tanta intensidade e com tamanha fé que aquela mulher foi tocada por esse hino e as lágrimas banharam seu rosto envelhecido. De leão que era, passou a ser um cordeiro, e sua língua agora só entoava cânticos de louvor. Agora as pessoas sabiam sempre onde ela estava ou andava, porque seus lábios só entoavam cânticos a Deus. Que poder a música sacra contém para transformar homens e acalmar até os animais como já foi relatado em muitos casos.

5. Como Davi descreveu a composição dos salmos que Israel usava na adoração? 2Sm 23:1, 2

RESPOSTA: Davi declarou que sua inspiração vinha através do Espírito Santo que o ajudava a compor salmos e cânticos de puro louvor e adoração.

O louvor tem que ter o objetivo de nos levar a Deus, porque veio de santa inspiração e os anjos nos acompanham no louvor quando cantamos para louvar a Deus. Deus ama a música e no céu não faltam harmonias celestiais na Sua presença.

“A música deve ter beleza, emoção e poder. Ergam-se as vozes em hinos de louvor e devoção. Chamai em vosso auxílio, se possível, a música instrumental, e deixai ascender a Deus a gloriosa harmonia, em oferta aceitável” (Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 457).

6. Qual foi o papel do Senhor na música utilizada nos cultos de adoração? 2Cr 29:25

RESPOSTA: Deus ordenou através dos profetas que na adoração fossem usados instrumentos musicais por pessoas consagradas (os levitas).

Um culto com música instrumental de qualidade cria uma atmosfera muito solene na adoração. Pela descrição acima, um culto com 4 mil instrumentistas deve ter causado um impacto emocional muito grande nos que oficiaram e naqueles que participaram. Deus ama a música e dá dons e talentos para pessoas nesta área, porque ama a beleza e a arte musical.

ILUSTRAÇÃO: Um homem de nome Luis Tarísio, foi encontrado morto, certa manhã, em sua casa. Vivia pobremente, com pouco conforto. Mas tinha uma mania: colecionar violinos. Foram encontrados no sótão da sua casa 246 violinos caríssimos. O mais valioso de todos estava escondido na última gaveta de uma velha cômoda: era um Stradivarius de 147 anos! Ele gostava dos seus instrumentos, mas os escondia de todos, privando os outros da bela música que poderiam ouvir. Há crentes assim na igreja, não cantam, não louvam e privam a Deus de ouvir sua voz e a outros da bênção da adoração. Davi dizia: “Todo ser que respira, louve ao Senhor”!


Quarta (14/março/2012)

Deus como autor


A Bíblia é um grande compêndio literário e acima disso, è a Palavra de Deus. Estudiosos têm-na visto apenas como uma peça literária extensa e diversificada, mas os cristãos a consideram como a Carta de Deus para o homem revelando a Salvação em Cristo Jesus.

ILUSTRAÇÃO: “Se houvesse uma catástrofe, que obra de arte você salvaria?” Esta foi a pergunta que uma conhecida revista de Buenos Aires dirigiu a várias pessoas de destaque. A resposta de Don Juan Pablo Echague, presidente da Comissão Protetora das Bibliotecas, foi semelhante à que teriam dado à mesma pergunta os sacerdotes do Templo de Jerusalém, os quais tinham a obrigação de salvar unicamente as Escrituras Sagradas, se acaso, num sábado, houvesse um incêndio no Templo. O Sr. Echague respondeu: “Se houvesse uma catástrofe na qual os livros que hoje nos dão a idéia de história, religião, filosofia, literatura e tecnologia fossem se perder e se fosse possível salvar somente um destes livros, eu escolheria aquele que continuasse a dar à humanidade os motivos de crer em Deus, de sofrer e de esperar nEle: Eu escolheria a Bíblia!”

A Bíblia foi inspirada pelo Espírito Santo e escrita pelos profetas e outros escritores que nos deixaram as profecias, os relatos, os cânticos de louvor, a teologia e outros recursos literários. Tudo isto, porém para levar para todos a história da bondade divina e da salvação em Cristo a todo pecador. O apóstolo Paulo, por exemplo, tinha uma forte formação teológica e foi um escritor que mesclou diversos estilos literários para a compreensão dos seus leitores.

7. Qual gênero literário foi usado em Romanos 11:33-36? Que gênero literário foi usado antes desse ponto da carta de Paulo?

RESPOSTA: Nesse trecho Paulo usou estilo poético, estilo de cântico de louvor e adoração porque estava feliz com Deus. Em outros trechos anteriores Paulo usou estilo dissertativo para falar de conduta cristã e teologia da salvação.

Quando um escritor bíblico assumia um estilo de escrita geralmente ele ia até o fim do livro escrevendo daquela forma. No caso do apóstolo Paulo ele mesclou muitos estilos sem perder, no entanto, sua linha de pensamento e do que queria falar em suas cartas. Em muitos momentos ele se emocionava e escrevia louvores a Deus, concluindo depois seus conselhos às igrejas. De qualquer forma ele admitiu que era apenas a caneta e Deus o escritor daquilo que escreveu. Com isto a Bíblia torna-se diversa e completa em si mesmo.

“A Bíblia não nos é dada em elevada linguagem sobre-humana. A Bíblia precisou ser dada na linguagem dos homens. A Bíblia foi dada para fins práticos” (Mensagens Escolhidas, vol. 1 pág. 20).

ILUSTRAÇÃO: Você já ouviu alguém dizer que era um desgraçado inveterado, um incômodo para o mundo e para a sociedade, até o dia em que começou a estudar matemática e aprendeu a tabuada de multiplicar, tornando-se, desde então, feliz, como que sentindo um desejo imenso de cantar continuamente por ter a alma cheia de paz e de triunfo? Você já ouviu alguém atribuir o seu libertamento da intemperança, do vício e do pecado à ciência da matemática ou à geologia? Milhares, porém, podem dizer: “Eu era um perdido; quebrei o coração de minha pobre mãe; de minha esposa, dos filhos e estava arruinado, não tinha lar; mas achei abrigo nas promessas da Bíblia”. Muitos irão até contar as palavras divinas que se apegaram em suas almas. E ainda hoje esse Livro está operando tais milagres. Se perguntarmos ao cético, ao ateu se ele conhece algum outro Livro que transforme uma vida de sofrimentos em prazer e alegria, talvez responda que sim; no entanto, se lhe fizermos o pedido de um volume, esperaremos em vão por ele.

Pensamento: “O caminho mais curto para entender a Bíblia é aceitar o fato de que Deus está falando conosco em cada linha” (Donald Grev Bamhouse).


Quinta (15/março/2012)

Deus como escultor


De todas as qualidades artísticas que Deus possui, a de transformar pedras toscas em obras de arte parece ser a mais prodigiosa de todas. Deus nos olha da forma que somos, uma pedra bruta, mas Ele não vê o que somos, mas o que poderemos ser em suas habilidosas mãos. Isto é dom de perfeição unido com criatividade celestial na criação de obras de arte espiritual.

ILUSTRAÇÃO: Há uma lenda que conta o seguinte: Procedente de um montão de material que sobrara de uma construção e que fora jogado fora como entulho, ouviu-se uma voz que clamava: “Glória! Glória!” Um mendigo atraído por aquelas exclamações de júbilo deteve-se no caminho para saber o que se passava. Notou, então, que a voz provinha de um pedaço de mármore meio coberto com terra. Disse-lhe o mendigo: “Por que você está se regozijando? Por certo não é muito honroso para você estar aí nesse montão de entulho”. O mármore disse: “Não. Não é nada honroso agora, mas o escultor Miguel Ângelo passou por aqui e eu o ouvi dizer: “Há um anjo nessa pedra e vou tirá-lo daí.” Ele foi buscar o cinzel e o martelo e voltará para esculpir-me e fazer de mim um anjo. A pedra novamente em êxtase gritou: “Glória! Glória!”. À semelhança disso, a humanidade se parece com um pedaço de mármore no montão de escombros deste mundo, todo quebrado, imundo, e sem valor. Mas o grande escultor celestial, vê a imagem de Seu Filho na vil humanidade e faz tudo que está ao seu alcance para transformar seres indignos em filhos respeitáveis.Pedras toscas em anjos dedicados, monumentos do poder de Deus.

8. Jacó, Davi, Pedro e Paulo precisavam, por assim dizer, ser “esculpidos” espiritualmente? Que mudanças foram feitas na vida deles? Que outros personagens bíblicos também precisaram ser “esculpidos”? Gn 32:22-30; Sl 51; Lc 22:31, 32; At 9:1-22

RESPOSTA: Sim. Deus transformou Jacó (enganador) em Israel, um príncipe vitorioso com Deus; Davi era adúltero e teve o coração purificado; Pedro negou Jesus, mas foi perdoado por amor; Paulo de perseguidor foi feito pregador dos gentios; se arrependeram e permaneceram fiéis.

Além desses personagens outros também foram transformados como Maria Madalena, Tiago e João, Mateus, Nicodemos, Zaqueu e tantos outros. Deus sabe como esculpir o caráter da pessoa e torná-la valorizada para a eternidade com golpes de amor.

ILUSTRAÇÃO: É admirável ver como os pequeninos acontecimentos da vida diária tendem para a nossa santificação, embora no momento nem o percebamos. Sabemos que, quando o escultor começa seu trabalho, ele, com golpes rijos, tira do bloco de mármore grandes pedaços. Cada golpe faz muita diferença. Mas, quando a estátua está quase pronta, ele toma o pequeno cinzel e tira apenas partículas. Seja lá o que Deus tire de nós, será para o nosso aperfeiçoamento. A santificação é o processo no qual Deus nos aperfeiçoa tirando pequenos defeitos. Glória a Deus!


Sexta (16/março/2011)

Conclusão


Ao encerrarmos o estudo dessa semana e olharmos para as qualidades divinas perfiladas diante de nós pela ótica bíblica somos levados a uma exclamação solene: Louvado seja Deus! Ele, na verdade, tem dons artísticos que se revelam para nossa perfeição assim:

Ele é o oleiro que nos molda à Sua semelhança, reconstrói nossa vida como um arquiteto colocando beleza e funcionalidade de dons. Depois coloca um cântico novo em nosso coração para tirar dos nossos lábios perfeito louvor, com a música que Ele mesmo compôs e que gostaria que todos cantassem junto com todos os salvos: O Cântico do Cordeiro. Ainda nos mostra Sua habilidade como o Autor da Palavra que tem uma mensagem sob medida para cada coração. Por fim se mostra com um cinzel e um martelo na mão, olhando para nós com a intenção abençoada de nos modelar para que sejamos esculturas do Palácio de Deus, colunas da verdade. Sobre as intenções divinas, lemos:

“Cristo veio remir a humanidade. Ele está interessado em todas as nossas ações. Deseja modelar-nos e moldar-nos segundo a semelhança divina” (Meditações Matinais, 1980, pág. 89).

ILUSTRAÇÃO: Na antiga Roma, os hábeis escultores e os gravadores em pedra gravavam as palavras sine cera em seus trabalhos. Segundo a lenda, o cinzel de escultores hábeis escorregava por vezes acidentalmente, cortando linhas não intencionais na pedra. Para encobrir esses erros, artesãos menos honestos arranjaram o truque de encher esses lugares prejudicados com cera. Então vendiam o produto como perfeito. Os melhores artistas, porém - os honestos recusavam-se a empregar a cera. As palavras sine cera (sem cera), de onde vem nossa palavra “sincero”, significava que o produto era perfeito como parecia. Como essa expressão deve retratar a vida do cristão esculpido pelas mãos hábeis e prodigiosas do nosso Salvador. Algumas vezes resvalamos, escorregamos por causa das circunstâncias e produzimos algumas falhas (riscos) em nosso caráter, nossa vida, nossa conduta. Deus não quer cristãos “com cera de hipocrisia” aparentando o que não são. Com humildade, confissão e arrependimento, Ele nos perdoa, renova e acerta o que está defeituoso, mesmo que em alguns momentos esse trabalho espiritual cause alguma dor, mas é para nos tornar perfeitos segundo o Seu padrão de beleza. Graças a Deus porque nos ajusta e nos mantém em sua perfeição.

“Este mundo é Sua oficina de trabalho, onde Ele nos modela para as cortes celestiais. Ele usa a plaina em nosso estremecido coração até que as arestas e irregularidades sejam removidas e estejamos aptos para ocupar nosso lugar no edifício celestial. Mediante tribulação e aflição o cristão se toma purificado e fortalecido, e adquire caráter segundo o modelo que Cristo deu” (Testimonies, vol. 4, pág. 143).

Neste sábado olhe em redor e veja quantas obras das mãos divinas estarão conosco louvando ao Criador, transformados por Seu poder. Muitos eram pedras brutas, disformes, afundadas no lamaçal do pecado, mas o escultor celestial atribuiu Sua imagem a eles e a nós. Graças, portanto, a Deus porque nos alcançou com Sua salvação.

Resumo da Lição: As habilidades de Deus como artista têm sido subestimadas. Seu mundo criado é muitas vezes apreciado, mas a expressão de Suas habilidades artísticas estende Sua grande capacidade muito mais longe. Deus deseja que os cristãos sejam uma fonte de “beleza” em um planeta escuro e agonizante.

“Deus é a minha rocha, e a minha salvação e o meu alto refúgio; não serei jamais abalado” (Salmos 62:2)