Sejam todos bem-vindos !

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IASD Bairro Camaquã -Porto Alegre

domingo, 11 de março de 2012

Verso: Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no Seu templo” (Sl 27:4).


Pensamento principal:

Deus como artista? O que significa isso? E o que isso significa para nós?

“O dever leva-nos a fazer tudo bem feito; o amor leva-nos a fazê-lo com beleza” (Phillips Brooks).


Quando Deus executou Sua obra criadora no planeta Ele utilizou uma parcela da Sua natureza divina que é a perfeição. Logo, tudo que fez foi belo e perfeito. Foi por isso que ao terminar cada dia com Sua obra, Ele exclamava que tudo era bom e no final, que tudo era muito bom.

Podemos ver Deus em Seus vários aspectos e atributos que o tornam santo e único, mas não podemos negar que Deus ama o que é belo e Se deleita na perfeição, por isso se olharmos através da ótica bíblica para mais uma qualidade do Senhor descobriremos que essa qualidade é o amor à arte e à beleza, transformando-o no artista perfeito do universo através das Suas obras que são reveladas no decorrer do tempo e da história.

ILUSTRAÇÃO: O mundo já teve muitos artistas maravilhosos e muitos tesouros artísticos estão ainda escondidos e são, às vezes, revelados por formas bem estranhas. Ocorreu um caso interessante assim em Londres: numa velha igreja construída pelo Sr. Christopher Wren, arquiteto de St Paul's. Pois nessa igreja descobriu-se um belo teto pintado pelo famoso artista Sir James Thomhill, há duzentos anos. Apesar de ser um artista de verdadeira distinção, o seu trabalho, que era em geral de gênero decorativo, tem sido estragado com o decorrer dos anos; torna-se, portanto, maravilhoso encontrar uma obra sua depois de tanto tempo. A beleza da pintura do teto foi revelada com a queda de uma laje que abriu uma entrada aos raios do Sol, deixando à mostra a pintura que havia por baixo da laje. Hoje se colocam algumas lâmpadas de forma tal que, estando acesas, deixam transparecer ao visitante a beleza daquela obra de arte, por tantos anos desconsiderada. A vida também está cheia de semelhantes revelações. Um raio de luz vindo de Deus pode, muitas vezes, descobrir corações transformados por Ele como verdadeiras obras de arte espiritual.

Vamos, pois a esse estudo sem igual, para vermos Deus como artista, como arquiteto, como músico, como autor e como escultor. Que haja uma bênção para cada um de nós.


Domingo (11/março/2012)

Deus como oleiro

Anos atrás, um bizarro vaso suíço, de cerca de 30 centímetros de altura, foi oferecido em leilão. O leiloeiro contou a história do vaso, e chamou muito a atenção ao fato de ele datar de 1763 A.D. Sua beleza lhe proclamava a genuinidade. Foram dados lances após lances, até que foi atingido o preço de 20.000 dólares. E por esse fabuloso valor foi vendido. Todavia, pensem nisto: esse objeto de genuína antigüidade havia sido uma vez apenas um bloco de argila comum. O que lhe dera tanto valor? O labor e a habilidade do artista que o moldou com muito cuidado e paciência. Então, nosso valor deve vir não de nós mesmos, mas da habilidade do artista divino que nos fez.

1. Qual é a primeira vez em que a Bíblia revela Deus mostrando Suas habilidades em trabalhar com o “barro”? Gn 1:26, 27, 31; 2:7

RESPOSTA: Deus mostrou Sua habilidade como oleiro, quando criou o homem do pó da terra e deu-lhe vida e domínio sobre tudo. Deus reconheceu que a criação era muito boa, uma verdadeira obra de arte.

Deus fez uma obra de arte natural a partir do pó da terra e com todos os detalhes que funcionariam a partir do fôlego da vida. Todos os órgãos, todas as artérias, todas as glândulas e a interligação de tudo isto com o cérebro só poderia ser obra do artista divino. Alguns comentaristas dizem que fazer o boneco de barro foi um lazer para Deus, uma obra manual, mas colocar em funcionamento foi cientifico com uma pitada de divindade.

2. Que lições podemos aprender com a imagem de Deus como oleiro? Como aplicar essas lições na nossa vida? Jr 18:3-10; Is 64:5-8; Sl 51:10

RESPOSTA: Deus nos ensina pelo trabalho do oleiro a lição da renovação espiritual. Ele pode nos restaurar, retirando o pecado da vida e nos dando um coração purificado, tal qual o oleiro faria com um vaso deformado.

O barro mole nas mãos do oleiro é totalmente moldável e ele faz o que quiser dele. Isso quer dizer que se entregarmos nossa vida a Deus de maneira submissa, Ele nos moldará e restaurará a beleza espiritual em nós. Se endurecermos o coração ele quebrará e dará mais trabalho para Jesus, o divino restaurador de vidas destruídas.

ILUSTRAÇÃO: A pequena Alice sem querer tinha quebrado um belo vaso antigo de sua bisavó. Tinha o coração moído. Uma tia ajudou-a a resolver o problema. Levaram o vaso a um perito restaurador de porcelanas. Terminado o trabalho, o vaso estava exatamente “como novo”. Alice ficou admirada quando viu restaurado aquele objeto de estimação. Isto é justamente como ser cristão. Jesus conserta nosso coração, e ele fica como novo!

Segunda (12/março/2012)

Deus como arquiteto

A providência divina é maravilhosa, pois tem um alcance maior do que os nossos pensamentos. Podemos ver isto na história do povo de Israel, retirado da escravidão e conduzido pelo deserto com todo cuidado e proteção e com uma organização que só os olhos divinos poderiam enxergar. Enquanto eles estavam acampados, Deus através de Moisés organizou o acampamento criando o projeto do tabernáculo. Para a construção do tabernáculo Deus pediu que o povo trouxesse ofertas de materiais nobres em qualidade, preciosos e os mais belos.

3. Entre todas as variadas instruções que Ele deu ao povo, como a beleza foi incluída? Êx 25:1-9

RESPOSTA: Os materiais ofertados para construção do santuário de Deus deveriam ser os melhores, os mais preciosos e com a maior beleza possível, de modo que Deus fosse glorificado.

As ofertas foram valiosas: Ouro, por exemplo, o povo deu 1.269 quilos, prata: 4.350 quilos, bronze: 3.035 quilos, além de muito linho branco, linho púrpura, azul e escarlata que seriam usados para as laterais e para as cortinas. Havia ainda peles de cabras, de carneiros e de texugos em grande quantidade para serem costuradas e feitas capas para o tabernáculo (uma espécie de lona para cobri-lo, 15 metros de comprimento por 5 metros de largura cada lona). O tabernáculo seria coberto com 4 capas de 15 metros cada. Ficaria muito bonito.

4. Qual foi o modelo utilizado para a construção do santuário terrestre? O que isso nos diz sobre o amor de Deus pela beleza? Êx 25:9; Hb 8:1-5

RESPOSTA: Deus mostrou a Moisés o modelo celestial em detalhes minuciosos e insistiu para que ele seguisse o modelo original.

O santuário era uma forma visível para Deus despertar as pessoas através dos rituais para o objetivo mais importante, ou seja, a justificação. Como o povo estava praticamente esquecido de tudo que representava Deus e a verdadeira adoração, o tabernáculo providenciava essa proximidade e a compreensão do plano da redenção. Jesus deveria ser visto em cada detalhe do tabernáculo e nos ofícios realizados pelos sacerdotes. Por isso Deus fez questão de beleza e perfeição, porque representava a beleza e perfeição de Jesus, aquele que salva vidas destruídas pelo pecado, reconstruindo outra vez a beleza e o vigor perdidos.

ILUSTRAÇÃO: Na linda ilha francesa de Guadalupe estava sendo realizada uma reunião evangélica ao ar livre. Um jovem, bastante alcoolizado, sujo e despenteado deteve-se para ouvir. Henrique tivera boa educação e chegara a ter perspectivas de uma brilhante carreira futura. Mas a bebida forte e más companhias o arrastaram para a sarjeta do pecado e da derrota. Agora, ao ouvir a pregação, o Espírito de Deus penetrou-lhe o cérebro entenebrecido, levando-lhe a convicção de que aquela vida inútil devia ser transformada. Jesus Cristo desceu muito Sua mão, para salvar Henrique de seus pecados. Quando, anos mais tarde, Henrique foi visto, ele estava transformado. Era agora um fino cavalheiro cristão, estava jovial, muito bem penteado e era também um pregador de êxito, um testemunho vivo do poder restaurador do Senhor Jesus.


Terça (13/março/2012)

Deus como músico


Qual o poder da música? É grandioso, e vemos isso hoje pela quantidade de pessoas atraídas pelas músicas seculares em eventos e apresentações. A música sacra, que é usada para louvar a Deus tem então muito mais poder, porque transforma corações e porque nos conduz a Deus que produz a inspiração para o verdadeiro louvor. Leia essa história sobre o poder de um hino.

ILUSTRAÇÃO: Havia em uma vila italiana, uma mulher muito maledicente. Tinha a língua ferina e falava muitos palavrões e todos a evitavam. O Evangelho finalmente foi pregado nessa vila e essa mulher, ouvindo a mensagem, nem ligou. Ela veio algumas noites nas reuniões e mesmo o pregador fazendo o apelo, ela não se decidia. Grande, porém, foi a transformação que nela se operou quando ouviu um coral cantando um hino com o título: “Além do Rio”. As vozes vibravam com tanta intensidade e com tamanha fé que aquela mulher foi tocada por esse hino e as lágrimas banharam seu rosto envelhecido. De leão que era, passou a ser um cordeiro, e sua língua agora só entoava cânticos de louvor. Agora as pessoas sabiam sempre onde ela estava ou andava, porque seus lábios só entoavam cânticos a Deus. Que poder a música sacra contém para transformar homens e acalmar até os animais como já foi relatado em muitos casos.

5. Como Davi descreveu a composição dos salmos que Israel usava na adoração? 2Sm 23:1, 2

RESPOSTA: Davi declarou que sua inspiração vinha através do Espírito Santo que o ajudava a compor salmos e cânticos de puro louvor e adoração.

O louvor tem que ter o objetivo de nos levar a Deus, porque veio de santa inspiração e os anjos nos acompanham no louvor quando cantamos para louvar a Deus. Deus ama a música e no céu não faltam harmonias celestiais na Sua presença.

“A música deve ter beleza, emoção e poder. Ergam-se as vozes em hinos de louvor e devoção. Chamai em vosso auxílio, se possível, a música instrumental, e deixai ascender a Deus a gloriosa harmonia, em oferta aceitável” (Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 457).

6. Qual foi o papel do Senhor na música utilizada nos cultos de adoração? 2Cr 29:25

RESPOSTA: Deus ordenou através dos profetas que na adoração fossem usados instrumentos musicais por pessoas consagradas (os levitas).

Um culto com música instrumental de qualidade cria uma atmosfera muito solene na adoração. Pela descrição acima, um culto com 4 mil instrumentistas deve ter causado um impacto emocional muito grande nos que oficiaram e naqueles que participaram. Deus ama a música e dá dons e talentos para pessoas nesta área, porque ama a beleza e a arte musical.

ILUSTRAÇÃO: Um homem de nome Luis Tarísio, foi encontrado morto, certa manhã, em sua casa. Vivia pobremente, com pouco conforto. Mas tinha uma mania: colecionar violinos. Foram encontrados no sótão da sua casa 246 violinos caríssimos. O mais valioso de todos estava escondido na última gaveta de uma velha cômoda: era um Stradivarius de 147 anos! Ele gostava dos seus instrumentos, mas os escondia de todos, privando os outros da bela música que poderiam ouvir. Há crentes assim na igreja, não cantam, não louvam e privam a Deus de ouvir sua voz e a outros da bênção da adoração. Davi dizia: “Todo ser que respira, louve ao Senhor”!


Quarta (14/março/2012)

Deus como autor


A Bíblia é um grande compêndio literário e acima disso, è a Palavra de Deus. Estudiosos têm-na visto apenas como uma peça literária extensa e diversificada, mas os cristãos a consideram como a Carta de Deus para o homem revelando a Salvação em Cristo Jesus.

ILUSTRAÇÃO: “Se houvesse uma catástrofe, que obra de arte você salvaria?” Esta foi a pergunta que uma conhecida revista de Buenos Aires dirigiu a várias pessoas de destaque. A resposta de Don Juan Pablo Echague, presidente da Comissão Protetora das Bibliotecas, foi semelhante à que teriam dado à mesma pergunta os sacerdotes do Templo de Jerusalém, os quais tinham a obrigação de salvar unicamente as Escrituras Sagradas, se acaso, num sábado, houvesse um incêndio no Templo. O Sr. Echague respondeu: “Se houvesse uma catástrofe na qual os livros que hoje nos dão a idéia de história, religião, filosofia, literatura e tecnologia fossem se perder e se fosse possível salvar somente um destes livros, eu escolheria aquele que continuasse a dar à humanidade os motivos de crer em Deus, de sofrer e de esperar nEle: Eu escolheria a Bíblia!”

A Bíblia foi inspirada pelo Espírito Santo e escrita pelos profetas e outros escritores que nos deixaram as profecias, os relatos, os cânticos de louvor, a teologia e outros recursos literários. Tudo isto, porém para levar para todos a história da bondade divina e da salvação em Cristo a todo pecador. O apóstolo Paulo, por exemplo, tinha uma forte formação teológica e foi um escritor que mesclou diversos estilos literários para a compreensão dos seus leitores.

7. Qual gênero literário foi usado em Romanos 11:33-36? Que gênero literário foi usado antes desse ponto da carta de Paulo?

RESPOSTA: Nesse trecho Paulo usou estilo poético, estilo de cântico de louvor e adoração porque estava feliz com Deus. Em outros trechos anteriores Paulo usou estilo dissertativo para falar de conduta cristã e teologia da salvação.

Quando um escritor bíblico assumia um estilo de escrita geralmente ele ia até o fim do livro escrevendo daquela forma. No caso do apóstolo Paulo ele mesclou muitos estilos sem perder, no entanto, sua linha de pensamento e do que queria falar em suas cartas. Em muitos momentos ele se emocionava e escrevia louvores a Deus, concluindo depois seus conselhos às igrejas. De qualquer forma ele admitiu que era apenas a caneta e Deus o escritor daquilo que escreveu. Com isto a Bíblia torna-se diversa e completa em si mesmo.

“A Bíblia não nos é dada em elevada linguagem sobre-humana. A Bíblia precisou ser dada na linguagem dos homens. A Bíblia foi dada para fins práticos” (Mensagens Escolhidas, vol. 1 pág. 20).

ILUSTRAÇÃO: Você já ouviu alguém dizer que era um desgraçado inveterado, um incômodo para o mundo e para a sociedade, até o dia em que começou a estudar matemática e aprendeu a tabuada de multiplicar, tornando-se, desde então, feliz, como que sentindo um desejo imenso de cantar continuamente por ter a alma cheia de paz e de triunfo? Você já ouviu alguém atribuir o seu libertamento da intemperança, do vício e do pecado à ciência da matemática ou à geologia? Milhares, porém, podem dizer: “Eu era um perdido; quebrei o coração de minha pobre mãe; de minha esposa, dos filhos e estava arruinado, não tinha lar; mas achei abrigo nas promessas da Bíblia”. Muitos irão até contar as palavras divinas que se apegaram em suas almas. E ainda hoje esse Livro está operando tais milagres. Se perguntarmos ao cético, ao ateu se ele conhece algum outro Livro que transforme uma vida de sofrimentos em prazer e alegria, talvez responda que sim; no entanto, se lhe fizermos o pedido de um volume, esperaremos em vão por ele.

Pensamento: “O caminho mais curto para entender a Bíblia é aceitar o fato de que Deus está falando conosco em cada linha” (Donald Grev Bamhouse).


Quinta (15/março/2012)

Deus como escultor


De todas as qualidades artísticas que Deus possui, a de transformar pedras toscas em obras de arte parece ser a mais prodigiosa de todas. Deus nos olha da forma que somos, uma pedra bruta, mas Ele não vê o que somos, mas o que poderemos ser em suas habilidosas mãos. Isto é dom de perfeição unido com criatividade celestial na criação de obras de arte espiritual.

ILUSTRAÇÃO: Há uma lenda que conta o seguinte: Procedente de um montão de material que sobrara de uma construção e que fora jogado fora como entulho, ouviu-se uma voz que clamava: “Glória! Glória!” Um mendigo atraído por aquelas exclamações de júbilo deteve-se no caminho para saber o que se passava. Notou, então, que a voz provinha de um pedaço de mármore meio coberto com terra. Disse-lhe o mendigo: “Por que você está se regozijando? Por certo não é muito honroso para você estar aí nesse montão de entulho”. O mármore disse: “Não. Não é nada honroso agora, mas o escultor Miguel Ângelo passou por aqui e eu o ouvi dizer: “Há um anjo nessa pedra e vou tirá-lo daí.” Ele foi buscar o cinzel e o martelo e voltará para esculpir-me e fazer de mim um anjo. A pedra novamente em êxtase gritou: “Glória! Glória!”. À semelhança disso, a humanidade se parece com um pedaço de mármore no montão de escombros deste mundo, todo quebrado, imundo, e sem valor. Mas o grande escultor celestial, vê a imagem de Seu Filho na vil humanidade e faz tudo que está ao seu alcance para transformar seres indignos em filhos respeitáveis.Pedras toscas em anjos dedicados, monumentos do poder de Deus.

8. Jacó, Davi, Pedro e Paulo precisavam, por assim dizer, ser “esculpidos” espiritualmente? Que mudanças foram feitas na vida deles? Que outros personagens bíblicos também precisaram ser “esculpidos”? Gn 32:22-30; Sl 51; Lc 22:31, 32; At 9:1-22

RESPOSTA: Sim. Deus transformou Jacó (enganador) em Israel, um príncipe vitorioso com Deus; Davi era adúltero e teve o coração purificado; Pedro negou Jesus, mas foi perdoado por amor; Paulo de perseguidor foi feito pregador dos gentios; se arrependeram e permaneceram fiéis.

Além desses personagens outros também foram transformados como Maria Madalena, Tiago e João, Mateus, Nicodemos, Zaqueu e tantos outros. Deus sabe como esculpir o caráter da pessoa e torná-la valorizada para a eternidade com golpes de amor.

ILUSTRAÇÃO: É admirável ver como os pequeninos acontecimentos da vida diária tendem para a nossa santificação, embora no momento nem o percebamos. Sabemos que, quando o escultor começa seu trabalho, ele, com golpes rijos, tira do bloco de mármore grandes pedaços. Cada golpe faz muita diferença. Mas, quando a estátua está quase pronta, ele toma o pequeno cinzel e tira apenas partículas. Seja lá o que Deus tire de nós, será para o nosso aperfeiçoamento. A santificação é o processo no qual Deus nos aperfeiçoa tirando pequenos defeitos. Glória a Deus!


Sexta (16/março/2011)

Conclusão


Ao encerrarmos o estudo dessa semana e olharmos para as qualidades divinas perfiladas diante de nós pela ótica bíblica somos levados a uma exclamação solene: Louvado seja Deus! Ele, na verdade, tem dons artísticos que se revelam para nossa perfeição assim:

Ele é o oleiro que nos molda à Sua semelhança, reconstrói nossa vida como um arquiteto colocando beleza e funcionalidade de dons. Depois coloca um cântico novo em nosso coração para tirar dos nossos lábios perfeito louvor, com a música que Ele mesmo compôs e que gostaria que todos cantassem junto com todos os salvos: O Cântico do Cordeiro. Ainda nos mostra Sua habilidade como o Autor da Palavra que tem uma mensagem sob medida para cada coração. Por fim se mostra com um cinzel e um martelo na mão, olhando para nós com a intenção abençoada de nos modelar para que sejamos esculturas do Palácio de Deus, colunas da verdade. Sobre as intenções divinas, lemos:

“Cristo veio remir a humanidade. Ele está interessado em todas as nossas ações. Deseja modelar-nos e moldar-nos segundo a semelhança divina” (Meditações Matinais, 1980, pág. 89).

ILUSTRAÇÃO: Na antiga Roma, os hábeis escultores e os gravadores em pedra gravavam as palavras sine cera em seus trabalhos. Segundo a lenda, o cinzel de escultores hábeis escorregava por vezes acidentalmente, cortando linhas não intencionais na pedra. Para encobrir esses erros, artesãos menos honestos arranjaram o truque de encher esses lugares prejudicados com cera. Então vendiam o produto como perfeito. Os melhores artistas, porém - os honestos recusavam-se a empregar a cera. As palavras sine cera (sem cera), de onde vem nossa palavra “sincero”, significava que o produto era perfeito como parecia. Como essa expressão deve retratar a vida do cristão esculpido pelas mãos hábeis e prodigiosas do nosso Salvador. Algumas vezes resvalamos, escorregamos por causa das circunstâncias e produzimos algumas falhas (riscos) em nosso caráter, nossa vida, nossa conduta. Deus não quer cristãos “com cera de hipocrisia” aparentando o que não são. Com humildade, confissão e arrependimento, Ele nos perdoa, renova e acerta o que está defeituoso, mesmo que em alguns momentos esse trabalho espiritual cause alguma dor, mas é para nos tornar perfeitos segundo o Seu padrão de beleza. Graças a Deus porque nos ajusta e nos mantém em sua perfeição.

“Este mundo é Sua oficina de trabalho, onde Ele nos modela para as cortes celestiais. Ele usa a plaina em nosso estremecido coração até que as arestas e irregularidades sejam removidas e estejamos aptos para ocupar nosso lugar no edifício celestial. Mediante tribulação e aflição o cristão se toma purificado e fortalecido, e adquire caráter segundo o modelo que Cristo deu” (Testimonies, vol. 4, pág. 143).

Neste sábado olhe em redor e veja quantas obras das mãos divinas estarão conosco louvando ao Criador, transformados por Seu poder. Muitos eram pedras brutas, disformes, afundadas no lamaçal do pecado, mas o escultor celestial atribuiu Sua imagem a eles e a nós. Graças, portanto, a Deus porque nos alcançou com Sua salvação.

Resumo da Lição: As habilidades de Deus como artista têm sido subestimadas. Seu mundo criado é muitas vezes apreciado, mas a expressão de Suas habilidades artísticas estende Sua grande capacidade muito mais longe. Deus deseja que os cristãos sejam uma fonte de “beleza” em um planeta escuro e agonizante.

“Deus é a minha rocha, e a minha salvação e o meu alto refúgio; não serei jamais abalado” (Salmos 62:2)

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